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Alunos e docentes esclarecem dúvidas sobre a prática de atividades físicas para pacientes com câncer

por Angela Rodrigues publicado 18/05/2017 05h00, última modificação 18/05/2017 10h02

Pessoas que estão com câncer, fazem tratamento ou pós-tratamento da doença podem praticar atividades físicas? Essas e outras perguntas serão esclarecidas gratuitamente por meio do programa Movimentando-se Contra o Câncer, que tem início a partir do próximo dia 17 de maio, no Centro de Qualidade de Vida (CQV), no campus Taquaral da Unimep – Universidade Metodista de Piracicaba.

A iniciativa é gratuita e voltada a pessoas de todas as idades que fazem parte desses grupos, inclusive crianças. Além das orientações, os interessados também poderão realizar avaliação geral e avaliação das condições iniciais para participar de programas de atividades físicas ou lúdicas. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail: efionco@outlook.com

ATENDIMENTOS

As ações do programa Movimentando-se Contra o Câncer ocorrem as quartas e sextas-feiras, das 17h às 18h. A iniciativa faz parte do projeto de pesquisa Exercício Físico e Oncologia (Efionco), coordenado por Rute Estanislava Tolocka, docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano (PPGCMH) da Unimep.

Os atendimentos serão realizados por alunos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Ciências da Saúde (Facis) da Unimep, com a coordenação de docentes que compõem o Núcleo de Pesquisa em Movimento Humano (Nupem). O núcleo é vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano da universidade. “Faremos a avaliação da condição geral física e a avaliação das condições iniciais dos interessados para a participação dos programas de atividade física e de atividade lúdica. A análise dos pacientes inclui a avaliação das condições clínicas do paciente e o acompanhamento médico”, detalha Rute.

Segundo a docente, para o programa de atividades físicas serão direcionadas as pessoas que precisam fazer movimentos para melhorar a resistência, enquanto as atividades lúdicas serão oferecidas para as pessoas que não podem fazer atividades físicas no momento.

Além de Rute, também realizam os atendimentos e compõem a equipe do projeto Efionco a aluna do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano: Lia Carla Gordon Leme e Jéssica Eloá Poletto, que concluiu o mestrado em fevereiro; as alunas de curso de educação física: Raphaela Espanha Corrêa e Iáscara Zamignan Wilde, e o professor da graduação, Cassiano Ferreira Inforsato.

ESTUDOS

A iniciativa de oferecer os atendimentos à comunidade surgiu a partir de outra pesquisa realizada pela equipe pelo mesmo projeto. “Fizemos um mapeamento na cidade e vimos que não há atividade física oferecida para pessoas com câncer no município, o que é algo extremamente importante”, conta Rute.

A docente e as alunas destacam que a prática de atividades físicas é importante no tratamento de câncer. “O repouso absoluto durante o tratamento pode agravar alguns dos sintomas trazidos pela doença, como por exemplo, a fadiga. Já a prática de atividade física durante e após o tratamento pode auxiliar a recuperação e trazer benefícios tanto para sua saúde física quanto mental, além de ajudar a diminuir alguns dos efeitos colaterais sentidos durante o tratamento”, detalham elas.

Para Rute, a expectativa do projeto é “realmente poder atender o paciente com qualidade e humanidade e fazer com que eles saibam que há espaço para compartilhar experiências. A atividade física não é apenas exercício é também espaço para encontrar pessoas, reduzir o estresse, fazer amigos. Estar com outros pacientes também irá ajudar a ver como as outras pessoas estão superando a doença”, afirma.


Texto: Angela Rodrigues
Edição: Celiana Perina
Fotos: banco de imagens
Última atualização: 10/05/2017