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Aluna de administração compartilha experiências e aprendizados do intercâmbio em Oklahoma, EUA

por marsanta publicado 08/12/2017 05h00, última modificação 28/03/2018 13h51
Maristella Gullo, aluna de administração de empresas da Unimep, destaca as experiências, aprendizados e desafios vividos com o intercâmbio em Oklahoma, EUA.



Se em um dia cabem novos aprendizados, mudanças e experiências novas, ao longo do semestre, e, em um intercâmbio, esses resultados podem ser inumeráveis. Maristella Gullo, 28, aluna do curso de administração de empresas da Unimep que o diga. Desde agosto, ela participa de programa de intercâmbio oferecido na universidade e estuda na Oklahoma City University. A aluna reside em Oklahoma City, no Estado de Oklahoma, Estados Unidos e irá retornar ao Brasil em 15 de dezembro.

Mesmo já tendo morado fora do país em períodos anteriores, ela conta que essa primeira experiência de intercâmbio possibilitou o desenvolvimento pessoal, mais autoconfiança, compreensão da própria personalidade, além de expandir os horizontes. Confira os melhores trechos da entrevista, em que a universitária compartilha algumas descobertas, rotina e experiências sobre o intercâmbio:

Acontece – Como é a sua rotina como intercambista?
Maristella – É bem ocupada!! Faço quatro matérias, sendo duas na parte de finanças, uma de contabilidade e uma em marketing estratégico. Assisto aula todos os dias da semana, algumas durante a manhã e algumas pela tarde. As refeições são feitas na cafeteria da OKCU, que tem muitas opções, tudo “all you can eat”. Além disso, faço parte do grupo A Capella, da universidade. Então, além da parte acadêmica, tenho ensaios dois dias na semana e eventuais apresentações no semestre. Agora mesmo, estamos preparando as músicas para nossas apresentações de Natal.

Acontece – Quais foram os principais desafios dessa experiência?
Maristella – O mais difícil é a adaptação à cultura. A maneira de se comportar e de pensar, que é diferente da nossa. Isso faz com que fiquemos um pouco inseguros em relação a como nos comportarmos. Acredito que eu tenha compreendido, de certa forma, como as coisas funcionam, através da convivência e observação no dia a dia daqueles que têm essa cultura.

Acontece – Quais foram as principais contribuições que o intercâmbio possibilitou para você?
Maristella – Profissional e pessoalmente, senti que cresci e me desenvolvi bastante. Me sinto mais confiante em relação às minhas capacidades e habilidades, compreendi melhor minha personalidade, minhas características fortes e fracas. Pude expandir meus horizontes, no sentido de ver e pensar as coisas de outras formas (além de como estava acostumada a pensar). O intercâmbio nos dá essa oportunidade.

 

Acontece – Quais foram os principais contrastes em relação à cultura?
Maristella – Principalmente em relação à maneira de pensar. Nos Estados Unidos, eles pensam bastante no coletivo e se preocupam com o próximo de maneira geral. São compatriotas, pensam em sua nação. Não tem essa questão (muito forte no Brasil) de passar por cima do outro para ganhar vantagem, ou sempre achar um jeito de burlar regras. Mesmo porque aqui a justiça não falha. Algo que senti também foi a falta de proximidade entre as pessoas. Aqui eles são um povo mais “frio”, então, a proximidade entre amigos, por exemplo, é bem diferente. A relação de amizade que eles têm aqui é bem mais distante do que nossa, o que faz com que sintamos falta do “calor brasileiro”.

Acontece – Pode contar um episódio significativo vivido ao longo desse semestre?
Maristella – O primeiro que me vem à mente foi o que vivi no dia de Thanksgiving (Dia de Ação de Graças). Uma das amigas me convidou para passar essa data na casa dela, em Tulsa. Fomos a um restaurante, no 30° andar de um prédio, em uma ala reservada só para a família dela. O acolhimento e carinho que recebemos foi de emocionar. A alegria que estavam por termos escolhido passar esse dia com eles (que é extremamente importante aqui), era gratificante.

 

Acontece – Qual foi a principal curiosidade observada em relação aos norte-americanos?
Maristella – Os norte-americanos são mais reservados. Eles têm o próprio espaço e se sentem, de certa forma, desconfortáveis quando se avança isso. Geralmente precisa-se avisar que vai dar um abraço, ou ser bem próximo para tal. Beijinho de oi? Nem pensar!!!!

Acontece – Teve dificuldades para se comunicar com colegas ou professores?
Maristella – No início, tive um pouco de dificuldade em acompanhar o que os professores diziam. Aqui eles dão aula em forma de palestra, quase não tem slides ou escrita em lousa. Os termos técnicos são diferentes, então fiquei meio perdida até conseguir me readaptar à língua e correlacionar os termos. Depois do primeiro mês ficou mais fácil. Não precisei ter domínio de nenhuma outra língua senão o inglês.

Acontece – Quais são os seus planos após retornar ao Brasil?
Maristella – Por enquanto, a única coisa que sei é que pretendo me formar. Não tenho planos ainda, vou trilhando o caminho que me for sendo aberto. O futuro a Deus pertence.  


Entrevista e texto: Angela Rodrigues
Edição e coordenação: Celiana Perina
Fotos: acervo pessoal Maristella Gullo
Última atualização: 08/12/2017

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