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Aluna do Colégio Americano é campeã Sul-Americana Sub-17 pela seleção brasileira de futebol

por Colégio Metodista Americano — publicado 18/02/2010 17h58, última modificação 17/06/2020 15h20
Bianca Braga, 16 anos, é volante titular da equipe classificada para o Mundial Sub-17, que acontece em setembro, em Trinidad e Tobago <br>

“O meio campo é o lugar dos craques”. Assim a banda mineira pop Skank define na música Uma partida de futebol o lugar do campo onde desfilam volantes e meias armadores. Historicamente, o setor teve jogadores gaúchos que ganharam muito destaque, até mesmo na Seleção Brasileira, como Paulo César Carpegiani, Dunga e Ronaldinho Gaúcho. Agora quem quer espaço também nasceu nos pampas, é volante e tem como principais características técnica, boa saída de jogo e forte marcação, mas não falamos nem de Adilson, do Grêmio, nem de Sandro, do Internacional, e sim de Bianca Braga, 16 anos, aluna do Colégio Metodista Americano e atleta titular da Seleção Brasileira sub-17, que conquistou no dia 11 de fevereiro o Sul-Americano, em São Paulo.

Bianca, camisa de número 7 nas costas, foi um dos destaques da Seleção dentro do torneio. A conquista invicta do Brasil iniciou com uma vitória por 3 x 0 sobre a Bolívia, com direito a gol da aluna do Americano. “Em uma cobrança de falta, a bola sobrou e eu fiz de cabeça”, relata. Ao todo, foram seis partidas e a volante só não participou do segundo jogo, por estar lesionada. Na decisão, quando a Seleção Brasileira esmagou o Chile com sonoros 7 a 0, Bianca jogou bem, mas não marcou. “Sou volante, por isso faço poucos gols. Minha função é mais de marcação e armação”, conta a jovem.

O título colocou o Brasil no Mundial sub-17, que acontece em setembro, em Trinidad e Tobago. Ao que tudo indica, a aluna do Americano será uma das convocadas. “Estou no time desde o ano passado, sempre como titular, por isso a confiança é grande”, revela.

A jovem, que é atleta do Porto Alegre Futebol Clube, conta que as aulas no time de futsal do Colégio Americano são muito importantes na construção da Bianca jogadora. “O salão tem muita correria, movimentação, pensamento rápido e exige agilidade”. Ela revela que o treinador Luciano Fernandes, conhecido como Pipa, também é fundamental no aperfeiçoamento como atleta. “Ele cobra muito, mas é um excelente treinador. Nos explica o esquema tático quantas vezes for preciso e sempre passa a orientação certa. Ele é um paizão para todas(os) as(os) atletas”, elogia.

Pipa conta que Bianca, além de excelente jogadora, é também uma aluna nota 10. “Ela é muito comprometida com os treinos, mas também com os estudos. Apesar de fazer constantemente viagens longas, a menina consegue conciliar o esporte com a escola e tira ótimas notas. Ela tem tudo para dar certo e vencer, pois é uma pessoa fenomenal”, comenta.

Maturidade

E a camisa 7 faz realmente o que o treinador conta. Com uma maturidade espantosa para uma adolescente, Bianca fala que não costuma ir a festas, pois atrapalha o rendimento como atleta e na escola. “Quem quer jogar futebol tem que abrir mão de algumas coisas. Não posso pensar em sair de noite e esquecer que tenho compromissos no campo. Além disso, tem o colégio, pois sem estudo não chegamos em lugar nenhum. Afinal, o futebol não é para sempre”, diz. A volante pretende ser educadora física. “Quero abrir uma escolinha de futebol e ajudar pessoas que queiram se tornar atletas, ou mesmo para trazer lazer”, sonha.

Mas antes de se formar, a estudante tem objetivos mais próximos. “Pretendo ser campeã mundial em setembro e seguir nas divisões de base até conseguir vaga em um clube na equipe profissional”, conclui Bianca.

Jornalista responsável: Gerson Brisolara
Colaboração: Alexandre Paz