Texto reflexivo em alusão ao Dia dos Pais.
Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se lhe ao pescoço e o beijou (Lc 15.20)
Comemoramos no segundo domingo de agosto o Dia dos Pais. Deste modo, ótima oportunidade para refletirmos sobre esta data, através da história que fala de um pai: a parábola do Filho Pródigo (Lc 15.11-32).
Ao refletir sobre esta história penso que a parábola deveria receber o título de o Pai Amoroso e não o Filho Pródigo, pois a história aponta de forma maravilhosa para o gesto gracioso e amoroso do pai diante de seus dois filhos.
É digno de nota que o amor gracioso do pai, imagem de Deus na parábola, se volta não apenas ao filho que resolveu pegar sua herança e sair de casa, mas também ao filho mais velho, que ficou em sua casa ajudando-o nos trabalhos junto aos seus bens, durante todo o tempo da ausência do filho mais novo, que fez a escolha de viver a vida e gastar o que tinha.
O pai não mostra favoritismo entre os dois filhos, apesar de correr em direção do filho mais novo, ao vê-lo abatido e arrependido voltando para casa, olha-o com olhar de compaixão, lança-se em seu pescoço e oferece-lhe um beijo em sinal de perdão e reconciliação.
O filho mais velho, que não entendeu a atitude do pai em relação ao seu irmão caçula, que desprezou o que tinha em casa, desperdiçou a sua herança e o pai o recebia com festas, enquanto ele que sempre estava ao lado, nada recebia, também o pai lançou palavras de amor e segurança dizendo Meu filho tu sempre estás comigo: tudo o que é meu é teu.
Essa história nos faz pensar na profundidade do amor paterno, afinal das contas, quantos de nós já não fomos motivamos e encorajados por um gesto singelo, amável e afetuoso de nosso Pai. Desde um simples olhar de afirmação a uma palavra de incentivo frente a um grande desafio.
Por fim, essa história bonita nos ajuda a pensar ainda nas relações familiares nesses tempos de individualismo, indiferença e desajustes familiares. Oferece subsídios para refletir sobre a importância da demonstração do afeto, carinho e amor entre os membros da família, em particular, entre pais e filhos, filhos e pais, esposo e esposa, e irmãos. Pois o amor vence as crises relacionais, intrigas, discussões, a desconfiança, a mágoa, a falta de perdão, entre outras realidades nocivas à família.
Pois é, sejamos gratos a Deus pela vida de nossos pais, pois são dádivas do Senhor a nós.
Parabéns Paizão!! Que Deus te abençoe sempre.
Revda. Márcia Célia Pereira
Publicada em 07/08/2015 às 16:05:40