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Crianças enfrentam frio de 5 graus para ir às ruas pedir paz

por Colégio Metodista Americano — publicado 13/07/2007 05h50, última modificação 17/06/2020 15h22
Cerca de 500 alunos(as) dos colégios Americano, Centenário, União e Roque Calage participaram do encerramento do 16º Congresso Infantil<br> <br>

Fotos: Alexandre Paz e Diéli Fontoura

Nem o frio de cinco graus que gelava a manhã desta quinta-feira (12/07) freou o ânimo das mais de 500 crianças que participaram da “Passeata pela Paz”, evento integrado ao 16º Congresso Infantil: “Criança Vida”, organizado pelo Colégio Metodista Americano. Gritos de ordem sobre os direitos das crianças e sobre as Oito Metas do Milênio estabelecidas pela ONU agitaram o percurso no bairro Rio Branco. Os(As) participantes, com idades entre dois e 10 anos, eram todos(as) alunos(as) dos colégios metodistas Americano, União, Centenário, e também do Colégio Estadual Roque Calage.

O Congresso Infantil, que acontece há 16 anos, foi criado com a proposta de fazer com que crianças ainda em fase de alfabetização pudessem discutir temas sobre a sociedade, o futuro e também sobre o que está acontecendo com eles(as) nos dias de hoje. A diretora geral da Rede Metodista de Educação do Sul, Adriana Rivoire Menelli de Oliveira, que acompanha o evento desde a primeira edição, explica que um dos objetivos é tornar as crianças mais conscientes sobre a sua condição perante o mundo. “É também uma forma de começar a fortalecer a base de futuros adultos conscientes”, comentou.

Semeando cidadãos

Segundo a coordenadora do evento, professora Débora Heineck, o Congresso Infantil ajuda não apenas na conscientização das crianças, mas também da família. “As crianças são sementes que plantam esse pensamento em relação às questões sociais em casa, com a família. Cresce em cada uma delas um sentimento de responsabilidade com relação ao mundo”, acredita.

A aluna Maria Eduarda Lüring Travi, da 4º série do Americano, confirma as expectativas de Débora. “É muito interessante e divertido participar. Aprendi que temos que respeitar as diferenças e tentar ajudar o mundo, não poluindo, reciclando, ou seja, fazendo as coisas que nos ensinam em aula”, comenta.

O Congresso Infantil contou também com a participação das famílias dos(as) estudantes. Isabel Vargas, tia do aluno Frederico Vargas da 3 º série do Americano, ficou feliz com a possibilidade de acompanhar o sobrinho “A manifestação é muito válida. Acho importante as famílias participarem das atividades”, contou a tia orgulhosa, enquanto dividia espaço com cinegrafistas de emissoras de TV para também registrar algumas cenas do sobrinho.

A passeata terminou com um culto na Igreja Wesley, onde as crianças foram recebidas pelo Pastor Nivaldo Dias e pela agente da pastoral Tábita Rotter com canções e orações.

As Oito Metas do Milênio

Com a proposta de debater sempre temas atuais e relevantes para a infância, o 16º Congresso Infantil ficou marcado pelo entendimento sobre as Oito Metas do Milênio – um conjunto de propostas da ONU para acabar com a fome e a miséria, e promover educação básica de qualidade para todos, a igualdade entre sexos e a valorização da mulher. Além disso, o documento também propõe a redução da mortalidade infantil, melhoria na saúde das gestantes, combate a AIDS e incentivo à preservação do meio ambiente.

No primeiro dia do Congresso (11/07), os(as) pequenos(as) apresentaram o espetáculo “Por um mundo melhor”, onde abordaram as oito metas propostas pelas Nações Unidas, e ainda realizaram oficinas de nutrição, judô, dança e pintura. As escolas Rio Branco e Roque Calage também participaram das atividades.

O Congresso Infantil teve sua primeira edição em 1992, um ano após a criação do Estatuto da Criança e o Adolescente (ECA), com o tema “A situação da criança no Brasil”. Ao longo desses 16 anos, assuntos como preconceito e discriminação racial, inclusão social, paz, trabalho infantil, fome, saúde e família permearam os encontros e as discussões em busca de uma sociedade igualitária.

 Jornalista responsável: Gerson Brisolara
Colaboração: Alexandre Paz, caroline Alves e Diéli Fontoura