Acompanhar conquistas de alunos é motivação para professor e universitário de química licenciatura
A admiração pela área e o fato de querer entender os fenômenos microscópicos de objetos que estavam à sua volta foram alguns dos fatores que incentivaram Gustavo Henrique Canteiro, aluno do 7º semestre do curso de química licenciatura da Unimep, a optar pela profissão professor.
Para ele, um dos valores mais significativos da profissão é poder acompanhar as conquistas dos alunos e saber que é possível fazer a diferença no futuro dos estudantes. Em entrevista à equipe do boletim Acontece Unimep, o universitário fala sobre a área de química licenciatura e os desafios da sua profissão. Confira:
Acontece Unimep – Por que você escolheu ser professor de química?
Gustavo Henrique Canteiro – Durante o ensino médio sempre tive muita facilidade com a disciplina de química. Tirava boas notas e era a ciência que despertava minha curiosidade de entender os fenômenos microscópicos dos objetos que estavam à minha volta. Também tive excelentes professores de química, que ministravam aulas incríveis. O que me ajudou a decidir entre o bacharel e a licenciatura.
Acontece Unimep – Você já atua como professor?
Canteiro – Atuo como professor eventual na rede pública. Faz aproximadamente um ano e meio que estou como eventual na escola estadual E.E “Pedro Raphael da Rocha”. Também tenho alguns alunos particulares que precisam de recuperação durante o ano nas disciplinas de exatas.
Acontece Unimep – Qual é a sua inspiração ou motivação para lecionar?
Canteiro – São vários fatores que me motivam a lecionar. Um grande fator é a satisfação quando você percebe que o aluno realmente aprendeu algum conceito e vem te agradecer no final. Este é um caso que acontece sempre com meus alunos particulares. Outro fator bem comum na escola onde leciono é poder ajudar os alunos não somente com conteúdos, mas sim como ouvinte. Muitos estudantes possuem problemas extraclasse, e veem no professor um amigo para quem possa desabafar ou pedir conselhos. Principalmente por ter 22 anos e os meus alunos estarem na faixa etária de 15 a 18 anos, não é uma diferença muito grande e isso facilita a aproximação deles. É uma sensação boa saber que, dentre 40 alunos da sala de aula, pelo menos para alguns você está fazendo a diferença no futuro.
Acontece Unimep – Qual é o seu maior desafio no ensino de química?
Canteiro – O maior desafio do ensino de química é desconstruir as concepções erradas que os alunos têm a respeito da disciplina. Desde crianças, eles ouvem pessoas mais velhas reclamando da dificuldade de se aprender química, da abstração que é. E aí quando chegam no ensino médio já estão determinados que é impossível aprender.
Acontece Unimep – Que recado gostaria de enviar aos seus atuais alunos?
Canteiro – Gostaria que eles aproveitassem ao máximo o tempo que estão na escola, para aprender sobre as disciplinas e também ouvirem conselhos de nós, professores. Aqueles que irão para o ensino superior sentirão falta de não terem se esforçado para aprender os conteúdos enquanto era tempo. Possivelmente neste momento da vida terão que trabalhar e estudar, e irão perceber que aprender se tornou ainda mais difícil. Mas para aqueles que quiserem eu sempre estarei disposto a ajudá-los dentro do que for possível.
Acontece Unimep – O que falta na educação brasileira atualmente?
Canteiro – A valorização do professor é algo que precisa melhorar muito. A profissão é mal vista por alunos, pais de alunos e isso faz com que o caminho da aprendizagem fique ainda mais dificultado.
Acontece Unimep – Quais foram as principais contribuições da Unimep para a sua formação como professor?
Canteiro – A Unimep tem contribuído significativamente para a minha formação. As disciplinas da parte pedagógica do curso são indispensáveis para atuar como professor. Apesar de já lecionar, a disciplina de estágio supervisionado tem me ajudado bastante a aprender a ensinar. Também desenvolvo iniciação científica na área de educação em química, e isto é um diferencial muito grande para a construção da minha carreira docente.
Texto: Angela Rodrigues
Edição: Celiana Perina
Fotos: divulgação
Última atualização: 01/02/2017