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Aluna de Santa Bárbara fala sobre rotina de estudos em Berlim

por Universidade Metodista de Piracicaba — publicado 15/02/2011 14h59, última modificação 26/04/2016 15h46

A aluna Maria Célia de Oliveira Papa, 39, doutoranda em engenharia de produção da Unimep, permaneceu de março a julho de 2010 na Universidade Técnica de Berlim, Alemanha. A iniciativa ocorreu por meio de parceria existente entre a universidade alemã e o Laboratório de Sistemas Computacionais para Projeto e Manufatura (SCPM) da Unimep. O laboratório é coordenado pelo professor Klaus Schützer, docente do curso de pós-graduação em engenharia de produção. Na entrevista, Maria Célia relembra o cotidiano de pesquisas, as contribuições da experiência para os estudos e as dificuldades que enfrentou com o idioma. Leia partes da entrevista:
 
Acontece Unimep – Como era a sua rotina na Alemanha?
Maria Célia – Ficávamos cerca de seis a oito horas no Instituto Fraunhofer, que está ligado à Universidade Técnica de Berlim. Usávamos os laboratórios e tínhamos acesso a sites de pesquisa. A rotina como aluna de doutorando era a mesma daqui. Foi interessante porque conseguíamos discutir várias questões do projeto. Antes de ir para Berlim, trabalhávamos via skipe, mas devido à distância, havia algumas dificuldades. Já quando trabalhamos juntos, planejamos e realizamos experimentos e adiantamos várias questões do projeto. Tínhamos metas por semana, e analisávamos se eram cumpridas. Trabalhar via e-mail e via skipe é possível, mas algumas ações é melhor fazer presencialmente.
 
Acontece Unimep – Quais são os objetivos dos projetos?
Maria Célia – O Holiman deve fornecer uma visão holística sobre manufatura de superfície livre. Já o meu doutorado está relacionado com a parte de medição de superfície livre, por exemplo, definir estratégias e formas para se medir superfícies livres, porque hoje não se tem muita informação sobre esse assunto. Para o projeto Holiman, foi um período bastante produtivo, porque, além de fazer os experimentos, também elaboramos as versões iniciais para dois artigos. 

Acontece Unimep – Qual foi a contribuição das pesquisas para os seus estudos?
Maria Célia – Pude ver como funciona alguns sistemas de medição, porque eles têm equipamentos um pouco mais sofisticados que os nossos, embora com as mesmas funções. 

Acontece Unimep – O que você encontrou lá que não temos no Brasil? 
Maria Célia – Até acreditava que eles estariam muito mais à nossa frente, com relação a técnicas, como, por exemplo, para medir uma superfície livre. Mas, na verdade, eles não fazem nada muito diferente do que a gente faz, salvo que eles trabalham bastante com a medição da rugosidade das superfícies. Com relação à dimensão, a forma e a geometria da superfície, nós temos feito as mesmas ações. 

Acontece Unimep – Como avalia a aprendizado desse período na Alemanha?
Maria Célia – Foi uma ótima oportunidade de trabalhar com os pesquisadores alemães. No início, tinha receio, porque sabemos que a cultura deles é completamente diferente da nossa. A gente sempre acha que eles fazem mais e melhor. Mas a oportunidade de aprender e de poder discutir e trocar idéias com eles representou uma experiência bastante produtiva.

Acontece Unimep
– Teve dificuldades de adaptação com o idioma? 
Maria Célia – A gente só vê o impacto das dificuldades quando está lá. Cheguei ao aeroporto, sem mala, porque eles perderam a minha bagagem e ninguém falava inglês. Fiquei apavorada, porque vi realmente que não sabia nada, não entedia nada. Mas um pesquisador alemão foi lá e me ajudou, conversou e resolveu. Uma semana depois recuperei minha bagagem. Exceto isso, não tive dificuldade em me comunicar, porque todos falavam inglês. 

Edição e texto: Assessoria de Comunicação e Imprensa
Fotos: Fábio Mendes
Última atualização: 08/02/2011

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