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Aluna do curso de psicologia e zagueira do XV

por Universidade Metodista de Piracicaba — publicado 27/03/2015 09h07, última modificação 26/04/2016 15h52

A vida de Maria Paula Peroni, 19, aluna do 3º semestre de psicologia, contradiz  qualquer expectativa que o senso comum tem de uma garota. Ela é zagueira do time feminino do Clube XV de Piracicaba, cursa psicologia e, apesar do amor pelo esporte, pretende ser psicóloga. A estudante falou com a equipe de reportagem do Acontece Unimep,   sobre carreira, vida e preconceito. Confira os melhores momentos:

Unimep - O que a motivou a jogar futebol profissionalmente?

Maria Paula - Acredito que, quando comecei a jogar, era apenas uma paixão pelo esporte, mas depois se tornou uma oportunidade para construir minha carreira. Utilizo o máximo que o futebol me oferece, nesse caso, para mim é a bolsa de estudos.

Unimep -  O seu trabalho atrapalha seus estudos? Como concilia os horários?

Maria Paula - Na verdade, se eu falasse que não atrapalha estaria mentindo. Mas consigo conciliar graças ao bom senso do clube que incentiva os estudos e procura fazer o máximo para não chocar os horários.

Unimep - Em uma área onde o futebol masculino é claramente favorecido, como você
vê sua carreira? O que pretende para seu futuro?

Maria Paula - As expectativas não são muitas quando o assunto é futebol feminino, há muita desigualdade de gênero, e isso não irá parar tão cedo. Infelizmente, é uma realidade cruel e não é fácil conviver com isso, mas o futebol também nos proporciona momentos únicos. Uso o futebol como porta para os meus estudos e espero poder me formar logo.

Unimep - Você quer seguir trabalhando na área de seu curso ou com o futebol?

Maria Paula - Eu vou trabalhar na área do meu curso, pois descobri outra paixão.

Unimep - Como mulher, você sente que existe algum preconceito com jogadoras de futebol? E, ao contrário, quais são os benefícios da profissão?

Maria Paula - Existe muito preconceito, tanto das pessoas como da mídia. Mas a profissão proporciona uma boa saúde, muito conhecimento sobre outras cidades, estados e até países. Além disso, existem as amizades que você constrói durante essa jornada, e o verdadeiro sentimento de fazer o que gosta sem se importar com o dinheiro.


Texto: Serjey Martins
Fotos: Vitor Prates/acervo pessoal
Coordenação/edição de texto: Celiana Perina
Última atualização: 27/03/2016

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