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Com análise de animação vencedora do Oscar, aluna e docente produzem artigo para e-book

por Angela Rodrigues publicado 27/04/2017 02h00, última modificação 27/04/2017 12h25

Pesquisar dados para um projeto acadêmico que tenha como objeto de pesquisa um curta-metragem, vencedor de um Oscar, pode parecer um trabalho interessante e divertido. E é, mas também exige muita atenção e dedicação. Um exemplo é a tarefa de assistir diversas vezes a produção escolhida para selecionar cenas relacionadas às características de análise. Foi isso o que fez a aluna Luísa Almeida Nunes da Silva, que cursa o 7º semestre do curso de rádio, tevê e internet da Unimep.

Com a supervisão da profª da Faculdade de Ciências da Saúde (Facis), Regina Zanella Penteado, ela produziu uma leitura do imaginário social da saúde na linguagem cinematográfica do curta-metragem O Banquete (Feast), produzido pela Disney e vencedor do Oscar 2015 (na categoria melhor curta-metragem de animação).

O resultado foi tão positivo que Luíza e Regina foram convidadas a produzir artigo inédito para um e-book com o selo Intercom - Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. O e-book irá reunirá os trabalhos apresentados nas oito divisões temáticas do congresso promovido em setembro, na Universidade de São Paulo (USP), sob o tema Comunicação e Educação: Caminhos Integrados para um Mundo em Transformação. O convite para a participação das unimepianas foi feito em fevereiro pela coordenadora do Intercom Júnior, Ariane Carla. A data de lançamento do e-book ainda será divulgada.

 LEITURA DO IMAGINÁRIO

Com o título Leitura do Imaginário da Saúde na Linguagem de uma Animação - Perspectivas Integradoras em Comunicação, Educação e Saúde, o artigo produzido por elas é uma ampliação do trabalho apresentado no Congresso da Intercom por meio da Iniciacom – Revista Brasileira de Iniciação Científica em Comunicação em 2016. “O artigo busca contribuir para discussões sobre as produções midiáticas e as suas possibilidades nos processos educativos, formativos e de desenvolvimento humano, em diferentes ciclos da vida; bem como em etapas formativas de profissionais de comunicação, saúde e educação”, afirma a professora.

Luísa detalha que para o desenvolvimento do trabalho foram analisadas as linguagens cinematográficas presentes no curta que ajudaram a identificar o imaginário social da saúde dentro da própria produção. “A identificação foi possível a partir de pesquisas e teorias científicas acadêmicas. Além de assistir e analisar a animação desenvolvi atividades de muita leitura e estudo que, com a orientação da profª Regina, ajudaram a construção da pesquisa”, afirma a universitária.

A orientadora destaca que a abordagem midiática dos temas e problemas de saúde precisa ultrapassar as concepções reducionistas de saúde e os enfoques centrados nos indivíduos e nas suas escolhas pessoais cotidianas e passar a considerar os aspectos e dimensões coletivos e comunitários implicados nas questões. "Além disto, há que se romper com os binarismos, os maniqueísmos, os preconceitos e os estereótipos que povoam os imaginários da saúde e que em nada contribuem para uma educação libertadora e transformadora do cuidado", afirma.

PESQUISA – O artigo é também um recorte da pesquisa de iniciação científica desenvolvida por Luísa sob a orientação de Regina; com o apoio de bolsa Fapic/Unimep da Faculdade de Ciências da Saúde (Facis) da universidade. Com o titulo Feast (O Banquete) - Uma leitura dos discursos da saúde na linguagem de um curta de animação, o projeto foi realizado de agosto de 2015 a julho de 2016. O objetivo também foi identificar o imaginário social da saúde presente na linguagem cinematográfica de um curta de animação.

A produção reflete, ainda, parte de estudos desenvolvidos por Regina em seu estágio de pós-doutoramento pela Unesp/Rio Claro.


Texto:
Angela Rodrigues
Edição: Celiana Perina
Fotos: divulgação
Última atualização: 20/04/2017