Alunas de jornalismo contam sobre a experiência de participar de intercâmbio internacional
É consenso: fazer um ou mais intercâmbios contribui para o amadurecimento pessoal e profissional. No caso dos alunos de jornalismo, buscar essa experiência é ainda mais importante (e recomendável). "O intercâmbio permite ampliar o conhecimento sobre a área em suas dimensões técnicas, éticas e sociais", conta o professor Paulo Roberto Botão, coordenador do curso de jornalismo da Unimep - Universidade Metodista de Piracicaba. Entre 2016 e este ano, três alunas do curso saíram para intercâmbio por meio da Unimep. E neste semestre, a universidade recebeu uma aluna de jornalismo do Chile.
As três alunas de jornalismo da Unimep que participaram de intercâmbio: Ana Rízia Caldeira, Marina Campos e Thainá Rambaldo. Todas estão cursando o 8º semestre do curso. Quem atualmente frequenta algumas disciplinas de jornalismo por meio de intercâmbio é a chilena Nicole Stephany González. Em relação ao Chile, a Unimep oferece intercâmbios semestralmente. Para os demais países, como EUA e México, a oferta é anual.
Para futuros jornalistas, formação cultural e conhecimento sobre a dinâmica de outros países é fundamental, conforme conta Paulo Roberto Botão. "Intercâmbios permitem que os estudantes ampliem sua compreensão sobre o funcionamento de sua atividade profissional em outros países e, além disto, melhora a avaliação sobre o papel do Brasil em relação a outros países", ressalta o coordenador.
NA PRÁTICA
O Acontece Unimep conversou com as alunas Ana Rízia Caldeira e Nicole González, que contaram sobre suas experiências no intercâmbio. As alunas, no caso, "trocaram" de universidade. No segundo semestre do ano passado, Ana passou cinco meses na Universidad Católica del Norte, no Chile, onde Nicole estudava. Já no segundo semestre desse ano, Nicole veio para o Brasil para cursar disciplinas na Unimep. Confira abaixo a conversa:
Acontece Unimep - Quais disciplinas você cursou na durante o intercâmbio?
Ana Rízia: Cursei as matérias da nossa grade aqui da Unimep e algumas que pudessem convalidar, porque alguns temas do curso lá são diferentes daqui. As matérias que cursei por lá foram: documentário, jornalismo impresso, história do Chile e projeto experimental (algo parecido com o projeto de conclusão de curso).
Nicole González: Frequentei as aulas de jornalismo impresso I; telejornalismo I; comunicação e cidadania; e deontologia do jornalismo.
Toda essa experiência agregou sua formação enquanto jornalista?
Ana: Bastante. Principalmente porque eu perdi muito daquela famosa vergonha de perguntar. Como estava em um lugar com idioma diferente, precisava perguntar absolutamente tudo.
Nicole: O intercâmbio contribuiu, principalmente, no aprendizado de um novo idioma. Em segundo lugar, obtive novos conhecimentos sobre a base do jornalismo, carreira para qual estou estudando, de maneira que aprendi novas técnicas e como colocá-las em prática.
Acontece Unimep - O que você mais gostou?
Ana: Além de trazer uma liberdade diferente, do tipo que você precisa saber se cuidar e se virar em praticamente tudo, tiveram as convivências. Isso eu vou levar para a vida toda. Cada pessoa que conheci fez muita diferença para minha vida, igual aquelas amizades que temos quando somos crianças e que deixam saudades.
Nicole: Na verdade, gostei de tudo. Conhecer novos lugares, a língua, a cultura, as pessoas, a universidade, enfim, a experiência foi muito gratificante para mim em todos os sentidos. Gostei das palestras que assisti no teatro e achei muito bom esse debate aberto que existe entre professores e estudantes.
Acontece Unimep - Você recomendaria o intercâmbio a outros estudantes de jornalismo?
Ana: Sim, porque a bagagem diferenciada do intercâmbio permite que aluno entenda que o jornalismo é uma prática (bem) mutável. Quando conhecemos outras maneiras de se aprender, nossa perspectiva consegue ser diferente. Sem contar que o jornalista precisa se manter atual de maneira constante. Como não pensar em intercâmbio como algo para se atualizar?
Nicole: Sim, em qualquer caso eu recomendaria que os estudantes se motivassem a se candidatar para uma oportunidade dessas. É uma experiência inesquecível, que sempre permanecerá na mente e na alma. Além disso, o conhecimento sobre outra cultura e maneiras de trabalhar são muito enriquecedores.
Texto: Pedro Spadoni
Edição e coordenação: Celiana Perina
Fotos: acervo pessoal e Tito Lívio
Última atualização: 18.12.2017