Aluno e docente de letras levaram a Portugal pesquisa sobre obituário
Jonathan Henrique Semmler, que concluiu o curso de letras-língua portuguesa da Unimep em dezembro passado, e a professora da graduação, Sônia Cristina Pavanelli Daros, participaram do 31º Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística. O evento ocorreu na Universidade do Minho, localizada em Braga, Portugal.
Participantes do evento pela primeira vez, Semmler e a professora Sônia apresentaram o trabalho de iniciação científica: Obituários: uma Comparação Entre os Textos do New York Times e os da Folha de S. Paulo. De acordo com o aluno, a pesquisa surgiu como desmembramento de projeto desenvolvido por ele, sob a orientação da profª Sônia, em que analisou quase 2. 000 obituários publicados na Folha de S. Paulo (e em outros jornais brasileiros) no período de 2007-2012.
Vale lembrar que não tratamos do obituário no modelo de nota de falecimento, mas de um gênero novo no jornalismo brasileiro que se constrói em uma espécie de retrato instantâneo do sujeito que conta a história de vida do morto ao invés de meramente informar a sua morte. Essa escrita, ao meu ver, aproxima o leitor da história de vida em uma relação de amizade, amenizando o peso que a morte tem nos familiares, amigos, e leitores do jornal. Apesar de parecer macabro para alguns ouvidos, ler obituário é bastante agradável e, no Brasil, vem conquistando cada vez mais leitores fixos desse texto na Folha, afirma ele.
Sobre os principais resultados da participação no evento, o estudante afirmou que o convívio com a pesquisa foi importantíssimo à sua formação discente, pois pôde reconhecer com mais clareza a escrita acadêmica, o trabalho de análise de corpus, o contato com um idioma estrangeiro, com jornalistas e a experiência de apresentação em congressos e simpósios.
O contato com os pesquisadores, alunos e professores participantes do congresso resultou em novas possibilidades de análise e de observação dos estudos linguísticos, permitindo que eu pudesse refletir de diferentes maneiras sobre os estudos da língua. Além disso, ampliar as fronteiras da pesquisa é outro mérito da participação do congresso, possibilitando que a nossa pesquisa pudesse ser divulgada em outro continente, cumprindo as obrigações de um pesquisador de iniciação científica, pontuou ele.
Texto: Angela Rodrigues
Fotos: Divulgação
Edição e Coordenação: Celiana Perina
Última atualização: 20/01/2016