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Alunos da Universidade Aberta à Terceira Idade participam de atividades on-line

por Angela Rodrigues publicado 18/09/2020 13h00, última modificação 18/09/2020 13h23

Com a participação ativa e os contatos diários entre os aproximadamente 60 alunos (reunidos os participantes dos campi Taquaral e Santa Bárbara d´Oeste), a Universidade Aberta à Terceira Idade da Unimep também manteve em funcionamento as atividades do programa, no formato on-line. Assim como para as aulas no formato remoto dos alunos de graduação e pós-graduação, as medidas  foram tomadas perante a necessidade de prevenção ao Covid-19, que exige o distanciamento, especialmente para pessoas do grupo de risco, que inclui as acima de 60 anos.

Com a suspensão das atividades presenciais, a coordenadora da Universidade Aberta à Terceira Idade, Elisângela C. Corte Real, conta que muitos alunos participantes do programa ficaram assustados com a situação, no início, por fazerem parte do grupo de risco.

“Então, eu entrava em contato com os grupos para passar as orientações sobre a Covid-19 e tirar algumas dúvidas, e estávamos sempre nos falando. Em junho, pelo fato de o isolamento social ser estendido, e as atividades presenciais continuarem restritas, contatei os grupos e iniciei as atividades on-line, além de interagir mais com eles ”, conta ela. 

Desde então, dentre as principais ações direcionadas por ela aos alunos, estão: atividades de raciocínio lógico, que incluem enigmas de matemática, atividades das áreas de português, geografia, história, música, filmes e assuntos em gerais, enviados às terças e quintas-feiras.

“Para estimular a cognição, atenção, memória, reflexão, e principalmente para que não fiquem ociosos. Encaminho os exercícios e interajo o dia todo com os grupos até que alcancem os resultados corretos. No final da tarde, encaminho as respostas das atividades. Normalmente, encaminho de três a seis atividades diárias, dependendo da dificuldade em responder”, conta ela. 

Já nas quartas e sextas-feiras, Elisângela compartilha vídeos curtos de orientações e dicas em geral, como receitas, práticas de jardinagem, dicas de clima seco, meditação, organização de roupas, dentre outros.

Todas as ações ocorrem via on-line, por meio de grupos em mídias sociais e aplicativos.

ON-LINE – Além das atividades específicas direcionadas aos participantes, outras ações relacionadas à Universidade Aberta à Terceira Idade também foram realizadas pela coordenadora do programa, ao longo desse período de quarentena.

Em agosto, ela participou de entrevista sobre o tema “Qualidade de vida na Terceira Idade”, realizada para o programa Parlamento Aberto, da Câmara de Vereadores de Piracicaba. A ação ocorreu por meio de live no perfil do programa no Instagram. Na entrevista, ela falou sobre a importância de as pessoas se conscientizarem e aceitarem que estão envelhecendo, e também que cada pessoa tem um processos de envelhecimento e de qualidade de vida diferentes, devidos aos estilos de vida.

“Destaquei ainda que devemos aprender sempre coisas novas e fazer aquilo que nos dá prazer. Preservar a autonomia e a independência, que é muito importante para manter um idoso ativo, tendo ligação direta com as atividades básicas da vida diária (autocuidado: tomar banho, alimentar-se, vestir-se, escovar os dentes...), e as atividades instrumentais da vida diária (gerir finanças, dirigir, fazer compras, profissionalizar-se...) para que o idoso não se torne inativo. É importante e necessário estar em equilíbrio com o corpo físico, psicológico e interação social. Conhecer pessoas, estar junto de pessoas que gostamos e nos fazem bem, fazer parte de algum grupo, enfim, a interação social é essencial. E, por fim falei sobre a Universidade Aberta à Terceira Idade da Unimep, como estamos lidando e funcionando com a situação da pandemia, o que oferecemos e como surgiu”, apontou a coordenadora sobre os temas abordados na entrevista.         

Já em junho, Elisângela também concedeu entrevista à Rádio Educativa FM de Piracicaba, sobre “A importância da Autonomia e Independência na Terceira Idade”, em que abordou a importância da autonomia e a independência das pessoas que compõem o grupo da Terceira Idade.

APROXIMAÇÃO – O fato de os alunos e participantes da Universidade Aberta à Terceira Idade serem pessoas acima de 50 e 60 anos não significa que estão mais distantes da tecnologia, das mídias sociais e outras formas de contatos digitais. Pelo contrário.

Elisângela conta que o grupo de alunos do campus Santa Bárbara é bem ativo em relação às atividades virtuais. “Eles entendem muito bem a funcionalidade do whatsapp, participam e tem menos dificuldades. Envio as atividades e minutos depois já tem alguém respondendo. O grupo de alunos do campus Taquaral tem um pouco mais de dificuldade e acaba tendo ajuda de netos ou filhos, mas eles também participam e respondem. De qualquer forma, está funcionando e, por incrível que pareça, estamos mais próximos, pois estamos em contato e nos falamos em qualquer momento do dia e praticamente todos os dias da semana!” afirma Elisângela. 

Até o momento, não há previsão de retorno das atividades presenciais da Universidade Aberta à Terceira Idade, nos campi Taquaral e Santa Bárbara d´Oeste.

 

Texto: Assessoria de Comunicação e Imprensa Unimep
Fotos: banco de imagens Pexels/Andrea Piacquadio e Cottonbro
Última atualização: 09/09/2020