Alunos de história compartilham experiências vivenciadas em sala de aula e por meio de pesquisas
Alunos e ex-alunos do curso de história da Unimep apresentaram aos colegas e à comunidade distintas experiências vivenciadas em aulas e, também, por meio do desenvolvimento de pesquisas sobre temas diversos. A iniciativa ocorreu ao longo do Seminário de Pesquisa e Ensino da graduação, realizado entre os dias 24 e 28 de setembro, no campus Taquaral.
“Promovido há aproximadamente 15 anos, o seminário é a oportunidade de todos conhecerem os melhores trabalhos de ensino histórico e de pesquisa histórica desenvolvidos no ano anterior, por meio de planos de ensino e trabalhos de conclusão da graduação”, destacou a coordenadora do curso de história a Unimep, profa. Virginia Camilotti, sobre a iniciativa.
EXPERIÊNCIAS – Na abertura do evento, 24, os alunos e demais presentes puderam participar do bazar cultural e sarau musical. O encontro contou com a participação de alunos, docentes e do coordenador da graduação de música da universidade, prof. Cassiano Barros. O grupo apresentou quatro canções.
Já no primeiro encontro para a exposição de trabalhos, no dia 25, os unimepianos falaram sobre projetos distintos relacionados à temática Práticas de Educação Histórica. A atividade foi coordenada pelo docente do curso de história, prof. Uassyr de Siqueira.
No dia 26, quatro estudantes do último semestre da graduação, expuseram suas experiências com o desenvolvimento de planos de ensino realizados no ano anterior. Iandra Araújo apresentou a aula ministrada na escola Prof. João Chiarini sobre o tema Religião na Grécia Antiga – Imaginação Histórica. A universitária contou sobre a interatividade com os alunos da turma da 6ª série da escola ao apresentar a árvore genealógica de figuras da mitologia grega, idealizada e produzida por ela.
Na sequência, a estudante Alessandra Carolina dos Santos abordou o tema Vestígios Arqueológicos situados no município de Rio Claro. A aluna contou que a proposta de sua aula foi a de aproximar os estudantes de informações sobre os sítios arqueológicos existentes no município. Na primeira escola em que esteve, ela não pode apresentar a aula, mas, na segunda instituição visitada, pode falar sobre o tema para os estudantes. “Rio Claro conta, atualmente, com cerca de 80 sítios arqueológicos e a região é muito importante para a pesquisa. A aula também teve como proposta alertar a população e os alunos sobre o descaso do município em relação ao patrimônio cultural”, falou ela ao longo de sua exposição.
Após, foi a vez de Davi Pereira de Castro apresentar o plano de ensino sobre Imagem e Política do Estado Novo (1937-1945). No início, ele fez breve análise sobre o fato de lecionar em escola pública e, em seguida, contou que escolheu utilizar muitas imagens para fugir da aula tradicional. Uma das fontes históricas utilizadas por ele foi a cartilha A Juventude no Estado Novo como instrumento de propaganda política, além de cenas e registros históricos.
O último trabalho apresentado nessa data foi o do estudante Alexandre Gamballi Teixeira Pinto, intitulado: O desastre de Chernobyl e a sua contribuição para a ruína do comunismo na antiga União Soviética. Gamballi falou aos alunos que acompanharam a sua aula sobre o desastre nuclear e utilizou um jogo de videogame para despertar a atenção dos estudantes, além de outros recursos audiovisuais. Ao final, os estudantes também puderam comentar sobre o que aprenderam.
Todas as apresentações foram mediadas pela coordenadora da graduação, Virginia Camilotti.
PESQUISAS – No dia 27, as experiências compartilhadas no seminário foram relacionadas a pesquisas desenvolvidas por ex-alunos por meio da temática: Práticas de Imersão Histórica. A primeira exposição foi feita pelos historiadores Elizabete Guedes, Gabriela Trevisan, Jeferson Bocardi e Mariana Feltrin, por meio do projeto de pesquisa “Americana – Uma História Entre Rios”.
Na exposição, os pesquisadores detalharam sobre a criação da Associação de Historiadores Carioba, para o desenvolvimento de estudos relacionados à história de Americana. Eles contaram que, para a realização das pesquisas, utilizam fontes documentais e iconográficas e, também, o mapeamento da região, além de entrevistas. Uma das conclusões do grupo, até o momento, é a de que algumas informações levantadas por eles se mostraram distintas das utilizadas em materiais didáticos do município.
Na sequência, Andrea Ramon Ruocco expôs o trabalho As formulações de nação na trajetória de Graça Aranha (1868 – 1931). Em sua apresentação, ela mencionou as problemáticas encontradas na produção do escritor e diplomata brasileiro, que também foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna, em 1922.
Após, a historiadora Silvana M. Cardoso, falou sobre o projeto “Produção Artística Transposta: apontamentos sobre a atuação do arquiteto Miguel Dutra e o universo artístico paulista nos oitocentos”. Ao longo de sua exposição, Silvana destacou que o principal objetivo de sua pesquisa é produzir um catálogo das obras não conhecidas do artista Miguel Dutra, nascido em Itu, em 1812, e falecido em Piracicaba, em 1875. Nesse sentido, ela busca entender o contexto das imagens e o olhar do artista em relação ao que ele viveu e conheceu nas cidades por onde passou.
“Essas pesquisas me permitiram desenvolver nova postura sobre a obra do artista”, afirmou. Ela também mencionou a importância de compreensão do contexto, enquanto prática didática do curso, para olhar e entender a trajetória do artista. As atividades dessa data foram coordenadas pelo prof. Rafael Gonzaga de Macedo.
No último dia do evento, 28, foi realizada a atividade Pesquisa Histórica, com a coordenação da profª Valéria Lima, que consistiu na apresentação de pesquisas distintas.
Texto: Assessoria de Comunicação e Imprensa Unimep
Fotos: banco de imagens e Assessoria de Comunicação e Imprensa Unimep
Última atualização: 15/10/2018