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Alunos do campus Santa Bárbara participam de pesquisa na Alemanha

por Universidade Metodista de Piracicaba — publicado 22/04/2010 08h41, última modificação 26/04/2016 15h46

O universitário Carlos Eduardo Ribeiro Rodrigues, 20, aluno do 7º semestre de engenharia de controle e automação da Unimep, enfrenta um verdadeiro ritual para sair da casa em que reside atualmente em Berlim, Alemanha. “Conseguir vestir todas as roupas para sair é uma verdadeira luta. Aqui faz muito, mas muito frio mesmo”, conta ele que, no momento, enfrenta temperaturas que oscilam entre mínimas de –1ºC e máximas de 11ºC. 


Rodrigues integra o grupo de unimepianos que participa de um intercâmbio na Alemanha, por meio de dois projetos de pesquisa do programa Bragecrim (acordo de cooperação bilateral entre o Brasil e a Alemanha no campo da tecnologia de manufatura). Os projetos estão vinculados ao Laboratório de Sistemas Computacionais para Projetos e Manufatura (SCPM), coordenado pelo professor Klaus Schützer.

O SCPM é integrado à Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo (Feau) da Unimep, e por meio dele, cerca de 20 alunos já participaram de intercâmbios desde 1995, ano em que foi criado. Além de Rodrigues, também estão na Technische Universität Berlin (TU Berlin), os doutorandos de engenharia de produção Maria Célia de Oliveira Papa e Erik Gustavo Del Conte. Já na Technische Universität Darmstadt (TU Darmstadt), em Darmstadt, estão Christian Marcelo Venancio de Cico II e Isis Rafael Abbud, ambos do curso de engenharia de produção, e Antonio Álvaro de Assis Moura, doutorando em engenharia de produção. À exceção de Maria Célia, que ficará quatro meses, os demais alunos permanecerão na Alemanha por 12 meses.

DESAFIOS

Pela primeira vez fora do país, Rodrigues acredita que a experiência abrirá muitas portas profissionalmente, já que além de aprender outras línguas, ele terá contato com profissionais da área e estudará em uma das mais conceituadas universidades do mundo. “No campo pessoal, será uma enorme experiência de vida, vivendo cinco anos em um, num país com a cultura diferente do Brasil, longe da família, dos amigos, e tendo que aprender tudo novamente, pois é um mundo novo”, aponta o estudante. Sobre as dificuldades de adaptação, ele menciona que além do frio, a principal é a saudade da família. 

“Lembro diariamente deles e amo-os demais, por isso essa é a maior dificuldade”, destaca. Também para Christian Marcelo Venancio de Cico II, 23, também num intercâmbio pela primeira vez, a experiência na TU-Darmstadt, trará mais que enriquecimento profissional. “Será um amadurecimento, obtido a partir do conhecimento de diversas culturas, experiência de morar em um país totalmente diferente, desde clima até costumes alimentares, além da possibilidade de conhecer lugares na Europa”, conta. Para ele, o mais desafiador serão as aulas de engenharia ministradas em alemão, que a partir de abril, exigirão muita dedicação e esforço.

QUALIFICAÇÃO 

A bagagem cultural e o aprendizado de um novo idioma são alguns benefícios que o professor Schützer enumera com a experiência dos alunos; além dos conhecimentos técnicos, adquiridos em cursos de aperfeiçoamento. “Dependendo do curso, as disciplinas são reconhecidas no Brasil. Tenho um aluno de mestrado que retornou da Alemanha e pudemos aproveitar três disciplinas, permitindo que adiantasse seu mestrado”, conta ele. O professor acrescenta também que, ao retornar ao país, os estudantes motivam e incentivam os colegas. 

“Ao contrário de outras instituições particulares, a Unimep tem uma inserção clara de pesquisa e isso contribui para uma visibilidade muito boa. E o contato dos intercambistas com os colegas, traz a motivação de também participar”. Que o diga Jéferson Wilhan Mendes, aluno do 10º semestre de engenharia de controle e automação, que após permanecer um ano na TU – Darmstadt retornou ao Brasil em fevereiro. Ele conta que as experiências e a oportunidade de estar em um país com cultura e idioma diferente do país materno o fascinaram. 

“Todos os dias, aprendia ou me surpreendia com algo diferente. O intercâmbio, com certeza, contribuiu para a área profissional, e sem dúvida para a vida. Depois dele, consolidei as metas de minha vida e carreira. Saudade de amigos e da Alemanha, tenho todos os dias. Recomendo a todos os que gostam de novas aventuras. Melhorei meu currículo, aprendi o idioma, criei laços de amizades e tenho uma nova visão e conceito de vida”, destaca o universitário.
 
Aos interessados, uma das exigências firmadas na parceria entre a Unimep e as universidades alemãs é que os alunos têm de ser aprovados no curso básico de alemão. “Eles também têm que possuir um bom histórico escolar. Queremos enviar bons alunos”, afirma o professor.



Edição:
Celiana Perina
Reportagem: Angela Rodrigues
Foto: Divulgação 

 Última atualização: 21/04/2010

 

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