Alunos ensinam português para haitianos em Santa Bárbara dOeste
Com o terremoto ocorrido no Haiti, em 2010, houve emigração de haitianos em diferentes países, dentre eles, o Brasil. No país, muitos se estabeleceram na região de Santa Bárbara dOeste em busca de uma vida mais digna. Com o objetivo de auxiliar esses imigrantes, a Unimep, juntamente com a Prefeitura de Santa Bárbara dOeste e a Igreja Batista de Santa Bárbara oferecem o curso Português para Haitianos, promovido às quartas-feiras, no templo da igreja Batista. Gabriel M. Ferreira, aluno do curso de arquitetura e urbanismo, e Vanessa Sanches, estudante de relações internacionais, são os voluntários que ensinam os estrangeiros.
A iniciativa é fruto de ações desenvolvidas há mais de um ano, por iniciativa do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos da Mulher (CMPDDM) de Santa Bárbara d´Oeste, da Secretaria de Promoção Social e da Secretaria de Educação de Santa Bárbara d´Oeste e intermédio da pastora Yone da Silva. Ao longo desse tempo, setores institucionais da Unimep foram sendo envolvidos.
Os haitianos têm como primeira língua o crioulo haitiano, alguns, também falam o francês. A procura pelo curso foi grande, mas, devido à capacidade de atendimento, foram abertas apenas 60 vagas no início do ano. No momento não há disponibilidade para novas inscrições.
Na Unimep, respondem pela iniciativa a Coordenadoria de Extensão e Assuntos Comunitários, a Pastoral Escolar e Universitária do campus Santa Bárbara e a Assessoria para Assuntos Internacionais.
ESTUDANTES
Universitário mas, durante o projeto, professor, Gabriel Ferreira acredita ser interessante o contato com pessoas de culturas diferentes. Ele diz que o retorno pelo trabalho é grande: a experiência é única, poderá ser aplicada em outras atividades e é muito gratificante. Durante as aulas, ele percebeu que os haitianos, apesar de aprenderem bem o vocabulário, tinham dificuldades na conjugação dos verbos e na gramática. Nesse ponto, foi difícil inclusive para mim e para a Vanessa ensiná-los, já que alguns deles não sabiam conjugar na própria língua, afirma ele.
Muitos haitianos não pretendem voltar ao país de origem. Por essa razão, Ferreira conta que eles precisam e se dedicam ao curso para ingressar no mercado de trabalho: acredito que os haitianos levam muito a sério as aulas. Com relação ao aprendizado, penso que cada um, no seu tempo e dificuldade, está aprendendo a nossa língua.
Segundo o coordenador da Assessoria para Assuntos Internacionais, Marcelo Leite, também um dos idealizadores do projeto, a universidade se responsabilizou pelas aulas e organização da iniciativa. A Prefeitura providenciou o transporte e impressão do material didático, enquanto a Igreja Batista cede o espaço e fornece lanche para os estrangeiros em cada encontro.
Texto: Serjey Martins
Fotos: Marcelo da Silva Leite
Edição/coordenação: Celiana Perina
Última atualização: 11/06/2015