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Apaixonada pela profissão, unimepiana de jornal relembra trajetória

por Universidade Metodista de Piracicaba — publicado 19/11/2014 10h35, última modificação 22/06/2017 14h34
Saudades dos colegas, dos professores do curso de jornalismo e das viagens para eventos e congressos relacionados à graduação são algumas das lembranças citadas por Elizandra Carelli sobre o período em que foi aluna na Unimep. Atualmente ela compõe a equipe de jornalistas do canal SBT, onde atua como repórter do jornal Notícias da Manhã, veiculado diariamente. Além das saudades, Elizandra também mantém vivos na memória momentos como o de divulgação da menção honrosa conferida ao trabalho de conclusão de curso e das experiências vividas nos laboratórios da Faculdade de Comunicação da Unimep.

Formada na turma de 2000, ela iniciou sua trajetória profissional antes mesmo de concluir a graduação. Ainda universitária, Elizandra atuou em uma produtora localizada em Campinas como pauteira, operadora de gerador de caracteres (GC) e repórter da área esportiva. No ano de 1997, ela seguiu para a Rádio Central AM 870 em Campinas, onde assumiu a produção das reportagens, a previsão do tempo e a apresentação de um quadro.

Em 2000, a profissional ingressou na TV Band Campinas onde exerceu cargos como produtora, editora, apresentadora e repórter, assumindo a produção, edição, reportagens de rua e a apresentação de jornais até 2004. Em junho do mesmo ano, foi para a EPTV Campinas e em seguida para a filial de São Carlos. Elizandra permaneceu por nove anos na EPTV, e nesse período teve a oportunidade de trabalhar na Rede Globo, em São Paulo, e na Globonews. Em setembro do ano passado, ela ingressou no SBT, como repórter, onde está atualmente.
A jornalista é a entrevistada da série Ouro da Casa, que destaca a trajetória e as conquistas profissionais de ex-alunos da instituição. Confira os melhores trechos da entrevista:

Acontece Unimep - Por que escolheu cursar jornalismo?
Elizandra Carelli - Na verdade, acho que foi o jornalismo que me escolheu. Na época prestei vestibular também para direito e psicologia. A escolha do jornalismo tem relação com a não rotina, a não mesmice e uma vida e tanto de adrenalina. Cada dia são novas descobertas, grandes aprendizados, lições de vida, luta, ajuda e superação porque você tem que dar conta de muitas situações em um único dia. Isso tem relação com o que está a sua volta e, ainda, os seus sentimentos diante daquilo. Tudo isso atrai, encanta e motiva.

Acontece Unimep - Cite um fato de sua trajetória profissional que considera inesquecível?
Elizandra - Difícil escolher apenas um fato, pois ao longo de mais de 15 anos no jornalismo foram vários. Mas a memória chama a atenção para alguns. Uma situação ocorreu quando estava na Band Campinas. Fizemos o jornal da noite e todos já tinham ido embora. Menos eu e o Juninho, que era quem editava o jornal no ar. Pois bem, tocou o telefone e era o Corpo de Bombeiros informando que uma van e um caminhão com carga de combustível tinham explodido na Rodovia Anhanguera, e havia mais de 10 pessoas mortas. Me lembro que nós nos olhamos e dissemos vamos lá. E seguimos... uma cena triste demais, um horror e estava tudo muito escuro. Eu segurava a iluminação com uma mão, o microfone com outra e fazia as entrevistas.
Outro fato foi a morte do prefeito Toninho (Antônio da Costa Santos) em Campinas. Tinha chegado da TV e às 22h toca o telefone: “mataram o prefeito, corre pra TV”. E assim foi, só paramos na noite seguinte. Tristeza, falta de respostas. Mas para lembrar também de situações felizes, tive a chance de entrevistar a “Chiquinha”, do programa Chaves. Muito graciosa! Recentemente, o que tem me chamado a atenção é a forma como as pessoas têm pedido ajuda pelo olhar. Muitas vezes sem esperança em outros órgãos, a imprensa é vista como a única que pode realmente fazer algo.

Acontece Unimep - Em sua opinião, o que é preciso para ser um jornalista bem-sucedido?
Elizandra - Acho que saber ouvir, analisar o que está à sua volta e investigar todos os lados da história. Levar em conta o que você e sua equipe acham. Ser simples, o que não significa menos profundo. Falar de forma direta para o seu público. Ler bastante, saber inclusive realidades que não são suas. E ter contatos e fontes.

Acontece Unimep - Do que mais sente saudades do período como universitária?
Elizandra - Ah, as lembranças são deliciosas. Viagens para intercâmbio de jornalismo. Me lembro que fomos para Santos. Cursos por intermédio da Unimep como por exemplo no jornal “Estadão”. Nós tínhamos um grupo grande de meninas. Eu, Jacqueline Carducci, Melissa Molina, Luciana Iamondi, Regiane Falci Rodrigues, Renata Ribeiro, Renata Bueno, Deise de Oliveira. Saudades mesmo da classe toda. Me lembro muito dos laboratórios, como os de fotografia, rádio, da funcionária Lica (risos). E claro dos professores: Belarmino César, Botão, Marta Maia, Dennis, Ana Maria Cordenonssi, Joaquim (rádio). Ele foi meu orientador inclusive no programa que fizemos para o TCC. Ganhamos menção honrosa, acredito que esteja na hemeroteca.



Texto: Angela Rodrigues
Fotos: divulgação
Edição/coordenação: Celiana Perina
Última atualização: 19/11/2014

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