Assessoria para Inclusão promove integração de alunos com necessidades
Estudar em um curso de nível superior é um caminho cheio de desafios e, para quem possui limitações físicas e mentais, a dificuldade é ainda maior. Para integrar e apoiar alunos com deficiência, a Unimep tem a Assessoria para Inclusão de Pessoas com Necessidades Especiais. A coordenadora do setor, Valéria Scaranello, diz que o serviço é importante: "o aluno com necessidades especiais chega inseguro devido às discriminações que sofreu antes da universidade. Nós oferecemos apoio em seis áreas: atitudinal (voltada à inclusão do aluno por meio de ações positivas), arquitetônica (adequação da estrutura dos campi), metodológica (abordagem personalizada no ensino), nas comunicações (instrução de professores para a comunicação com o aluno) e digital (uso de programas que auxiliam o aprendizado)", afirma.
Atualmente, existem cerca de 70 alunos e 50 professores e funcionários com alguma deficiência. O número poderia ser ainda maior, mas alguns alunos, por vergonha ou por não conhecer o trabalho da Assessoria, não se identificam como portadores de necessidades especiais: "os alunos também precisam superar as limitações da baixa autoestima, que muitas vezes limita mais do que a própria deficiência", diz Valéria.
VALORIZAÇÃO
O contato com os alunos é feito desde o processo seletivo, quando o estudante pode marcar na ficha de inscrição que possui necessidade especial. A partir disso, ele é chamado para entrevista, onde conta sua história e, dependendo do caso, precisa comprovar sua deficiência. O atendimento é personalizado desde o início: "não podemos padronizar. Até os alunos que possuem a mesma limitação têm necessidades diferentes", conta Valéria.
Ainda nesse semestre, Valéria afirma que há planos para a implantação de grupos de pais para troca de experiências, de novo plano de acessibilidade arquitetônica desenvolvido em parceria com o curso de arquitetura e urbanismo, e de programa de empregabilidade para ajudar os alunos fora da universidade: "mas que não seja no plano do assistencialismo e das cotas e sim na valorização das capacidades da pessoa deficiente".
Entre os alunos, existem diversos tipos de comprometimento, como: tetraplegia, autismo, dislexia, TDH (transtorno do déficit de atenção), deficiência visual e auditiva. "Temos até uma aluna cega, no programa de doutorado, que utiliza os programas fornecidos pela Assessoria para ler os livros que precisa", conta Valéria. Já o preconceito é combatido: "instruímos professores e funcionários para prestar atenção na sociabilização do aluno, a fim de evitar qualquer preconceito, mas noto que os alunos da Unimep são bastante acolhedores".
ANOTE - Caso você necessite de algum apoio ou queira contatar a Assessoria, procure o orientador do seu curso, acesse a página http://goo.gl/SLHelW ou ligue para (19) 3124-1592.
Texto: Serjey Martins
Fotos: banco de imagens
Edição e Coordenação: Celiana Perina
Última atualização: 23/06/2016