Você está aqui: Página Inicial / Notícias / Campeã brasileira e sul-americana de karatê, unimepiana fala sobre as conquistas, sonhos e a rotina como atleta

Campeã brasileira e sul-americana de karatê, unimepiana fala sobre as conquistas, sonhos e a rotina como atleta

por Angela Rodrigues publicado 13/08/2018 02h00, última modificação 28/08/2018 11h54

Saber planejar e administrar o tempo com equilíbrio, manter a disciplina, o foco e a dedicação nos estudos e no esporte e, ainda, reservar parte do dia para ensinar karatê às crianças são os desafios que compõem a rotina da universitária Stéphani Trevisan de Lima, 21, aluna do 8º semestre do curso de educação física (bacharelado) da Unimep.

Campeã sul-americana e vencedora do 3º lugar no Campeonato Pan-Americano também em 2018; campeã brasileira em 2017, e duas vezes medalhista na Premier League (Liga Mundial) estão dentre os principais títulos já conquistados por Stéphani na categoria principal (Sênior) da modalidade.

Nesse semestre, a estudante já tem definida a sequência de competições nacionais e internacionais. Uma delas é o Campeonato Mundial Sênior em Madri, que ocorre em novembro, e para o qual já está classificada.

A atleta representa Piracicaba nas competições e tem como professora de karatê a tia, Renata Trevisan, também graduada em educação física pela Unimep e que fez parte da seleção brasileira. Stéphani conta ainda com o prof. Diego Spigolon como auxiliar técnico e o responsável pela sua preparação física.

Residente em Cerquilho, Stéphani ingressou no karatê aos seis anos e, já aos 10, soube que o esporte era o que realmente queria em sua vida. Em entrevista ao Acontece Unimep, ela fala sobre a sua rotina, os desafios, os sonhos e planos para o futuro, além de mencionar as contribuições da Unimep em sua trajetória. Acompanhe os melhores trechos.

Acontece Unimep – Quais foram os principais campeonatos os quais disputou e os principais títulos em 2018?
Stéphani Trevisan de Lima – Eu disputei o Campeonato Panamericano, em Santiago, no Chile (junho), e conquistei o 3º lugar categoria sênior - 61 kg; e o Campeonato Sulamericano em Guayaquil, Equador (abril), em que venci o 1º lugar categoria sênior -61 kg e o 2º lugar categoria equipe. No Brasil, conquistei o 1º lugar categoria sênior - 61 kg no Campeonato Brasileiro Universitário em Goiânia - GO (abril) e o 2º lugar categoria sênior - 61 kg no Campeonato Brasileiro etapa em Joinville – SC (junho). Foram os mais recentes. Não disputei o campeonato mundial universitário por falta de condições financeiras para ir para o Japão.

Acontece – Como e em qual idade começou a praticar karatê?
Stéphani – Comecei a fazer karatê aos seis anos. Minha tia, Renata, que também é minha professora e formada em educação física pela Unimep, fazia parte da seleção brasileira e ministrava aulas de karatê. Eu sempre a assistia nas competições e, após tentar praticar alguns esportes, e não me adaptar, decidi começar com o karatê.

Acontece – Como surgiu a paixão pela modalidade?
Stéphani – Eu descobri uma coisa que realmente gostava de fazer. Sempre fui uma criança muito agitada, mas não levava jeito para esportes. Mas, no karatê, eu fui me encontrando. Via a minha tia vencendo as competições e viajando por todo canto e queria ser como ela, e então, aos 10 anos comecei a me dedicar muito mais, porque eu soube que era o que realmente queria para a minha vida.

Acontece – Em sua trajetória, quais são os principais títulos já conquistados?
Stéphani – Nas categorias de base foram: 3º lugar no campeonato Mundial WKF (2015); 2º lugar no campeonato Panamericano (2016); seis vezes medalhista Sulamericana (2009 a 2017) e quatro vezes campeã brasileira. Já na categoria principal (sênior): campeã brasileira (2017); campeã Sul-Americana (2018); duas vezes medalhista em Premier League (liga mundial) e o 3º lugar no Campeonato Pan-Americano (2018).

Acontece – Como é a sua rotina de atleta e estudante?
Stéphani – Basicamente, acordo 5h30 todos os dias para ir à faculdade. Chego em casa às 14h e vou treinar. Chego do treino, tomo um banho e vou dar aula. À noite eu treino novamente. Essa é a rotina. Eu tento estudar e fazer as coisas da faculdade lá na Unimep, para deixar o tempo que tenho em casa apenas para o karatê. Tenho notas boas e bons resultados no karatê pois me dedico muito a ambas as minhas escolhas.

Acontece – Quais são os seus planos no karatê?
Stéphani – Sonho em ser campeã mundial e também em representar o Brasil e vencer uma Olimpíada. Tenho muitos outros objetivos e um caminho para percorrer. Também pretendo continuar ensinando o karatê para as crianças, para que elas tenham vida ativa e saudável, e aprendam os valores que o esporte trouxe para mim. Quero também mostrar a todos a minha fé através do karatê, e mostrar que com fé e dedicação, a gente alcança aquilo que sonha.

Acontece – Quais é o principal desafio para conciliar os treinos com o estudo?
Stéphani – O tempo. Gostaria que meu dia tivesse umas 35 horas, para eu poder sempre fazer um pouquinho a mais. Há dias que não dá nem para respirar. As viagens também me deixam um pouco sobrecarregada na faculdade, mas me organizo bem para poder entregar tudo no prazo e não me prejudicar.

Acontece – Como a Unimep auxilia você em suas conquistas?
Stéphani – Meus professores são incríveis. Além de me darem o maior incentivo, se interessarem, eles fazem de tudo para que eu consiga estar sempre junto com a turma. Quando não estou, eles me passam aquilo que tenho que fazer, e se preciso de algo com a matéria eu sempre posso contar com todos. A Unimep com certeza me traz muitas lições tanto na minha carreira como professora quanto na minha carreira como atleta, eu tenho mais autoconhecimento agora.

 

 

Entrevista e texto: Assessoria de Comunicação e Imprensa Unimep
Fotos: acervo pessoal Stéphani T. de Lima
Última atualização: 25/07/2018