Aluna de direito da Unimep é campeã mundial de caratê
A cidade de Carrara, na Itália, foi o palco que abrilhantou a conquista do Campeonato Mundial de Caratê da World Traditional Karate Association (WTKA), pela aluna do 2º semestre do curso de direito Maria Luiza Crispim, 18, em outubro. Atleta bolsista da Unimep, ela ganhou duas medalhas de ouro no Kumite (luta com adversário) individual e por equipes, e duas medalhas de prata no Kata (demonstração de movimentos) individual e por equipes. A equipe de reportagem do Acontece Unimep entrevistou Maria Luiza e apresenta abaixo os melhores trechos:
Acontece Unimep - Como é a sensação de ser campeã mundial no caratê?
Maria Luiza - Qualquer conquista sempre é maravilhosa, mas chegar ao degrau mais alto do pódio em um campeonato mundial é a realização de um sonho. Você percebe que todo esforço, cansaço e treinos intensos valeram a pena. Além disso, há a emoção de escutar o hino nacional tocando ao receber a medalha, que é tão esperada por qualquer esportista.
Acontece Unimep - É difícil conciliar os treinos com os estudos?
Maria Luiza - Difícil não, mas é cansativo. Meu curso é muito complexo e exige leitura. Já os treinos são intensos e sempre focados em competições, nacionais ou internacionais. Então, chega a ser bem cansativo porque eu preciso dar o meu máximo sempre, tanto no meu curso quanto no esporte. Mas são duas coisas que gosto de fazer, então acaba valendo a pena todo o esforço.
Acontece Unimep - A determinação e a concentração do tatame ajudam na sala de aula?
Maria Luiza - Sim. Ajudam e muito. O caratê, por ser uma arte marcial, exige concentração, disciplina, foco, respeito e determinação. Então, tudo isso que é me passado dentro dos tatames, eu uso na sala de aula. Consigo me concentrar muito mais. Absorvo melhor assuntos e matérias, tenho grande foco na hora de estudar para provas e apresentações.
Acontece Unimep - Quais são os seus objetivos agora que é campeã mundial?
Maria Luiza - Acho que treinar muito mais! Sou campeã hoje e espero ser a melhor do mundo ano que vem novamente. Em 2020, o caratê estará presente nas Olimpíadas do Japão. Qualquer carateca quer uma oportunidade de participar e defender seu país numa competição tão importante quanto essa.
Acontece Unimep - No futuro, pretende trabalhar na área dos esportes ou vai se dedicar ao direito?
Maria Luiza - No início, o caratê era só hobby, mas agora é parte da minha vida e não consigo mais deixar de lado. Pretendo trabalhar na área do direito e até prestar concurso público. Mas, se tudo correr bem, quero chegar a faixa preta e, talvez, abrir um projeto para ensinar essa arte marcial para quem quiser aprender.
Acontece Unimep - Como o apoio da Unimep ajudou você nessa conquista?
Maria Luiza – Atualmente, no caratê, temos dificuldades em obter patrocínio. Ser apoiada por uma instituição idônea e reconhecida pelo apoio aos atletas, como é a Unimep, me trouxe mais visibilidade. O convênio também permitiu uma folga financeira para que eu pudesse ter recursos suficientes para participar de campeonatos nacionais e internacionais.
Entrevista e texto: Serjey Martins
Edição: Celiana Perina
Fotos: divulgação
Última atualização: 09/01/2017