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Capacitação ministrada por docente e alunos une conhecimento a oportunidades para a construção de moradia

por Angela Rodrigues publicado 10/07/2018 02h00, última modificação 10/07/2018 17h40

Oferecer aos alunos de arquitetura e urbanismo da Unimep conhecimento e experiência para a trajetória profissional e, ao mesmo tempo, apresentar possibilidades para a construção de moradia e geração de renda por meio da venda de tijolos ecológicos. Esses estão são alguns dos resultados da capacitação gratuita sobre tijolo ecológico oferecida a 45 trabalhadores residentes em Campinas, e ministrada pelo prof. Eduardo Salmar, docente de arquitetura e urbanismo da Unimep, com a participação de alunos da graduação.

A inciativa está ligada à parceria da Unimep, por meio do curso de arquitetura e urbanismo, com a Cátedra Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) em Arquitetura de Terra. Nela, os universitários participam como monitores nas atividades realizadas nos laboratórios e espaços distintos do campus Santa Barbara d´Oeste.

A capacitação compõe o programa de impacto social Abatauá, criado em parceria com comunidades de Campinas vinculadas à Associação Paulista de Apoio aos Trabalhadores Desempregados (Apoio). O objetivo é o de gerar renda e emprego às famílias por meio do desenvolvimento de uma fábrica de tijolos ecológicos (Ecojolo). O projeto Abatauá é realizado em conjunto com a Enactus, organização internacional sem fins lucrativos.

Com a Enactus, estudantes de instituições de ensino superior podem formar equipes para idealizar, desenvolver e implementar projetos sociais autossustentáveis para melhorar a qualidade e o padrão de vida de comunidades. O Abatauá é um dos projetos desenvolvidos pelo time de alunos Enactus Facamp (Faculdades de Campinas), com a coordenação de docentes e líderes.

De acordo com Salmar, as ações ligadas ao projeto Abatauá tiveram início em agosto de 2017. Ele destaca, no entanto, que, desde 2003, por meio de parceria com a Unesco, também são promovidas na universidade a capacitação em bloco de terra comprimida (BTC).

CARTILHA – Além do programa de estudo, o programa Abatauá inclui a produção da cartilha Tijolo Ecológico – Da Teoria à Prática, a ser lançada em outubro. A publicação, que também contou com o envolvimento de alunos da graduação e técnicos de laboratório do campus Santa Bárbara d´Oeste da Unimep na elaboração, será distribuída gratuitamente aos moradores de distintas ocupações de Campinas.

O objetivo da publicação é reunir o material técnico relativo à produção, manuseio e aplicação do bloco de terra comprimida (BTC) em obras, de maneira prática e objetiva. Além de reforçar a utilização do tijolo ecológico como produto inteligente no mercado de construção civil, a cartilha também poderá ser um guia prático e técnico aos colaboradores para o cotidiano da fábrica e da obra.

CONVÊNIO – A aproximação da Unimep com a Cátedra Unesco foi formalizada a partir de assinatura do convênio ocorrida em 1999 na cidade de Paris, sede da Chaire Unesco Educação, conta Salmar. A parceria é válida até 2020 e, após, poderá ser renovada.

Com o convênio, detalha o professor, os estudantes da Unimep podem ter acesso a publicações impressas e em outras mídias, tais como o boletim trimestral do Proterra (www.redproterra.org); além de vivência e socialização com estudantes estrangeiros que participam de estágios no Laboratório de Sistemas Construtivos em Terra Crua; desenvolvimento de atividades de construção no canteiro experimental do curso de arquitetura e urbanismo e desenvolvimento de projetos de iniciação científica.

Além dessas atividades, Salmar aponta outras ações desenvolvidas em parceria com a Unesco: a produção da cartilha Produção de Tijolos de Solo Cimento, direcionada aos assentados da cidade de Sumaré e disponível no portal www.unimep.br/editora, na área de publicações gratuitas;  e as atividades do grupo Unieco (Universidades Ecológicas), que consiste em equipe de trabalho com o objetivo de apresentar propostas com valores ecológicos e modelos de gestão para implantação em universidades.

“Essa atividade tem o objetivo de proporcionar a redução dos custos de manutenção do campus de Santa Bárbara d'Oeste. Com o projeto de sustentabilidade do campus, propusemos soluções para reuso de água pluvial e geração de energia elétrica através de placas fotovoltaicas. O projeto envolveu cinco alunos de arquitetura e urbanismo e já foi encaminhado ao reitor da Unimep”, afirma Salmar.

 

Texto: Assessoria de Comunicação e Imprensa Unimep
Fotos: acervo pessoal prof. Eduardo Salmar
Última atualização: 21/06/2018