Cirurgião-dentista graduado em odontologia pela Unimep fala sobre a profissão e dá dicas aos alunos
Para o cirurgião dentista Luiz Henrique Godoi Marola, graduado em odontologia pela Unimep, um dos principais desafios não apenas da área de odontologia, mas em todo o campo da saúde, é o de restabelecer o respeito pelo profissional em todos os sentidos e de todas as vertentes. Graduado em 2015, ele atualmente trabalha em Florianópolis, Santa Catarina. Apesar do pouco tempo de atuação, já se considera bem sucedido profissionalmente, não do ponto de vista financeiro, mas por poder exercer a profissão com ética e seriedade.
Luiz Marola é o entrevistado da série Ouro da Casa, que destaca a trajetória de unimepianos apaixonados pelo que fazem. Confira os melhores trechos da entrevista, em que ele fala sobre a profissão, o mercado de trabalho e dicas para os recém-formados na área.
Acontece Unimep – Por que escolheu cursar odontologia?
Luiz Henrique Godoi Marola – Talvez o que inicialmente tenha me alertado sobre a grandiosidade da profissão foi quando, aos 13 anos, um cirurgião-dentista em minutos tirou a dor que vinha sentindo por semanas. No colegial procurei mais informações sobre a odontologia e áreas de especialização. Jamais esperei que sentiria algo tão intenso quanto a satisfação de agradecimento de um paciente.
Acontece – Pode citar uma realização profissional alcançada até o momento?
Marola – Em 2015, ainda como aluno, fiquei em 5º lugar (de 22 inscritos) na 1ª fase da prova de admissão para residência em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial da Universidade Federal de Santa Catarina. Este ano, prestei a prova novamente e passei para a 2ª fase com a maior nota dos 27 inscritos. Estou empenhado em continuar estudando para conseguir minha vaga. Essa superação é dedicada com absoluta certeza aos meus professores da faculdade que sempre me estimularam ao estudo e ainda estimulam.
Acontece – Como avalia o atual mercado de trabalho na área de odontologia?
Marola – Penso que a odontologia, como qualquer área, está sufocada pelo excesso de profissionais. Isso faz com que muitos profissionais se submetam a cargas horárias excessivas, salários que não condizem com os anos de estudo e, o pior de tudo, sem as condições mínimas necessárias para a biossegurança. Entretanto, há mercado disponível para os alunos que procuram o conhecimento científico, se esforçam para melhorar sempre, procuram cursos e especializações.
Acontece – O que é preciso para ser um profissional bem sucedido?
Marola – Me considero bem sucedido, não do ponto de vista financeiro, mas da realização de poder exercer a profissão com ética e seriedade. Do ponto de vista moral, a ética, a honestidade, a seriedade e o respeito pelo próximo são de longe os componentes principais para o exercício pleno e serene da profissão. Já do ponto de vista técnico, a atualização científica intensa é indispensável para oferecer tratamento especializado ao paciente que procura sempre o melhor resultado possível. Caso ele consiga, você não precisará se preocupar com propaganda porque o paciente mesmo o fará.
Acontece – Pode citar três dicas fundamentais ao profissional recém-formado?
Marola – A primeira é, sem dúvida, voltar do trabalho com a consciência limpa, sabendo que fez o possível para oferecer o melhor para o paciente com o que lhe é dado. Em segundo, atualização científica intensa: estudar, se preparar, se atualizar e se especializar. E, em terceiro, esteja preparado para as adversidades e para seguir os seus princípios morais e éticos. Seja forte, resistente e resiliente e seja pela odontologia eterno amante.
Texto e entrevista: Angela Rodrigues
Edição: Celiana Perina
Fotos: divulgação
Última atualização: 03/02/2017