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Com projeto de iniciação científica, aluna de fisioterapia estuda dores musculares relacionadas ao uso de celular

por Angela Rodrigues publicado 05/08/2019 02h00, última modificação 06/08/2019 18h55

Na Unimep, distintos projetos de pesquisa ligados ao curso de fisioterapia analisam a relação de uso de celulares e alterações musculoesqueléticas. Uma das pesquisas é “Prevalência de Vício no Celular em Estudantes Universitários e sua relação com a Dor e Atividade Eletromiográfica dos Músculos Mastigatórios” desenvolvido pela aluna do curso de fisioterapia e bolsista do PIBIC (CNPq), Érica Brito Gonçalves, com a orientação da docente da graduação, Fabiana Foltran Mescollotto.

A estudante e a docente destacam que, com o aumento do uso de celulares, principalmente smartphones, notaram a relevância do estudo sobre o uso do dispositivo por universitários e sua relação com dores musculares na região da cabeça e pescoço. A pesquisa busca conscientizar a população quanto ao uso inadequado de smartphones, e desenvolve olhar clínico para o tratamento das dores pela fisioterapia.

“O uso prolongado do smartphone pode causar alteração da atividade dos músculos mastigatórios, devido às articulações da face estarem interligadas com as da coluna cervical, e a postura adotada durante o uso pode causar um desalinhamento. Isso pode causar dor e tensão nessas musculaturas”, destaca Érica.

EVOLUÇÃO – A pesquisa está fundamentada na coleta de dados com estudantes da Unimep, que atuam como voluntários no projeto. Por meio do estudo, foi aplicado questionário sobre dependência do celular e o Índice Anamnésico de Fonseca, e, em seguida, realizada eletromiografia de superfície, que avalia a atividade dos músculos mastigatórios e do trapézio nas participantes.

De acordo com a orientadora Fabiana, o projeto dá continuidade à pesquisa desenvolvida ano passado sobre “Prevalência de disfunção temporomandibular em estudantes universitários e sua relação com o uso excessivo de celular”, mas acrescenta também a coleta de dados por eletromiografia.

O projeto amplia a pesquisa da professora que, em seu pós-doutorado na universidade, estudou a fadiga muscular em indivíduos com disfunção temporomandibular que usam celular.

RESULTADOS – Os dados serão avaliados ao final do projeto em agosto. No entanto, Érica já destaca que é possível evitar dores por meio de posturas adequadas ao manusear o celular e evitando uso prolongado do aparelho. Já para a sua formação acadêmica, a universitária aponta a contribuição da pesquisa para o seu amadurecimento profissional.

 

Texto: Daniela Borges
Edição: Angela Rodrigues
Fotos: banco de imagens
Última atualização: 26/07/2019