Docentes de fisioterapia desenvolvem pesquisa inédita com a avaliação termográfica em atletas
Convalidar a análise termográfica – uma metodologia inédita na região e inovadora na área da fisioterapia –, com as avaliações realizadas em atletas de modo mais tradicional, como as análises bioquímica e funcional, é o principal objetivo do projeto “Relação entre o desempenho da velocidade de deslocamento – Avaliação isocinética – marcadores de lesão bioquímica e a temperatura corporal em atletas de diversos esportes”, desenvolvido atualmente por docentes e alunos do curso de fisioterapia da Unimep.
Segundo conta o prof. Sérgio Henrique Borin, coordenador da graduação de fisioterapia da Unimep e orientador da pesquisa, a iniciativa compõe um projeto mãe com várias vertentes. “O principal objetivo é utilizar uma técnica inovadora, não apenas no Brasil, mas no mundo, que é a termografia. É uma técnica a qual muitos clubes e atletas já estão realizando, mas ainda sem dados cientificamente comprovados”, conta o docente.
O projeto teve início em 2018 e será desenvolvido até 2020. Além do prof. Borin, conta com a coordenação da professora do curso de fisioterapia, Charlini Hartz, e, também, com a colaboração e participação de docentes pesquisadores do curso de educação física da Unicamp, dentre eles, o prof. João Paulo Borin, que é irmão do professor da Unimep. “Unimos as equipes de pesquisa: a análise da performance é avaliada pelos docentes da Unicamp, enquanto os pesquisadores da Unimep estudam e analisam os dados relativos às lesões”, conta Borin.
Além dos pesquisadores, os universitários de fisioterapia também poderão participar das atividades por meio de projetos de conclusão de curso e de iniciação científica, esses, com prazos de inscrição a serem divulgados em edital.
PESQUISA – Ao longo da pesquisa, a equipe de docentes e pesquisadores utiliza uma câmera termográfica (termovisor) digital Flir. O equipamento permanece nas dependências da Unicamp, e foi emprestado pela empresa detentora da marca, a Flir, pelo período de dois anos para o desenvolvimento dos estudos.
Segundo conta Borin, a câmera termográfica mede a temperatura corporal do atleta. “Quando uma pessoa ou atleta faz um exercício, seja qual for, ocorre o aumento da temperatura corporal. No entanto, esse aumento é estabilizado por uma temperatura específica, e isso tem de acontecer no corpo inteiro. Mas, se a pessoa ou o atleta possui lesão em determinada articulação ou músculo, essa área vai ficar mais quente, e é possível observar esse aumento de temperatura pela termografia”, afirma ele.
As avaliações termográficas já foram realizadas pelos pesquisadores em atletas das equipes de futebol feminino da Associação Ferroviária de Esportes Futebol Feminino, de Araraquara, e da equipe de Duathlon, de São Pedro. As atletas e equipes participaram de análises feitas pelos docentes e universitários da Unimep e da Unicamp, em atividades interdisciplinares. Borin conta que há planos para realizar as avaliações também em equipes de Piracicaba.
RESULTADOS – Além de resultados específicos aos atletas, o projeto também trará benefícios à comunidade em geral, como aponta o coordenador da pesquisa. “A câmera utilizada no projeto é top de linha, mas existem câmeras que podem ser acopladas no celular. Então, em alguns momentos, em vez de uma avaliação com tomografia computadorizada, ressonância; com uma câmera também é possível realizar a avaliação de vários atletas”, detalha.
Nesse sentido, acrescenta ele, os resultados são positivos tanto para profissionais da área da educação física, para saber como o atleta está se comportando em determinada atividade em termos de temperatura, quanto para os fisioterapeutas, para a prevenção de lesões. “Pretendemos que os resultados sejam bastante efetivos, e que essa pesquisa melhore os trabalhos desenvolvidos por fisioterapeutas e educadores físicos”, afirma.
Texto: Assessoria de Comunicação e Marketing Unimep
Fotos: acervo pessoal prof. Sérgio Borin
Última atualização: 16/04/2019