Hoje é dia de rock, unimepianos!
Gostando (muito) ou não, o rock está presente na vida de todos. E hoje, pelo menos no Brasil, é o dia escolhido para celebrar o estilo musical que transcende as próprias barreiras. O estudante Luka Funes, que atualmente cursa o 6º semestre de música, conta que durante a infância, aprendeu a gostar do ritmo com os pais. Aos 12 anos, começou a tocar guitarra. Dois anos depois, ingressou em uma banda. Em 2006, começou o curso de Rádio e TV (o curso seria renomeado para rádio, TV e internet em 2011).
"Minha relação com a Unimep é das antigas. Comecei em rádio e TV por entender que era uma área que tinha relação com a música. Mas em 2008 a banda que participava deu uma guinada na carreira, então, tive de trancar o curso. Um ano depois voltei para a universidade para fazer música", conta o aluno.
Nesta época, Luka relata que precisou conciliar as aulas com outros projetos e trabalhos. Como estava envolvido com a emissora MTV, sua agenda de gravações e shows estava apertada. "Precisei trancar novamente o curso. Voltei em 2015 para concluir", conta.
ARENA CULTURAL
No campus Taquaral da Unimep, os alunos têm a oportunidade de se aproximar do rock, assim como de outros ritmos, durante os intervalos com as apresentações no Teatro de Arena, localizado na Galeria Unimep. Neste espaço acontece o projeto Arena Cultural, coordenado pelo Centro Acadêmico de Música e que contempla apresentações musicais de diferentes estilos e gêneros. “É um momento democrático e representativo do curso porque promove o diálogo entre diferentes estilos de música e alunos”, conta o professor Cassiano de Almeida Barros, coordenador do curso de música.
Por enquanto, Luka ainda não arriscou-se na Arena Cultural. "Ainda pretendo me apresentar lá com treino e ensaio suficiente", ressalta. Mas a Unimep já contribuiu de outras maneiras para o envolvimento de Luka com a música (e o rock). "O curso de música me permite o contato com outras linguagens da área. As atividades práticas também ajudam. Na Quarta Musical e no sarau, por exemplo, os alunos têm a oportunidade de apresentar um pouco mais da sua arte", conta.
POR QUE 13 DE JULHO?
A explicação mais aceita é que, neste dia, em 1985, o cantor Phil Collins o declarou como "Dia do Rock", após se apresentar em Londres e Filadélfia no festival Live Aid. Na prática, os americanos e os ingleses não levaram a declaração muito a sério. Mas os brasileiros e as rádios de rock do Brasil levaram. Por isso, a partir de 1985, o dia 13 de julho passou a ser considerado no país como o "Dia do Rock".
Desde seu marco zero, em 1954, o rock estabeleceu relações (boas e ruins) com a sociedade. "O rock sempre foi mais do que apenas um estilo musical. Ele é uma proposta mais ampla de cultura. É um jeito de ser", conta o professor Cassiano, que também ministra a disciplina Apreciação Musical, ligada à história da música.
O que poucos sabem é que o estilo tem suas origens na migração forçada de milhões de africanos, assim como blues, samba e hip-hop. No quesito musical, esses estilos possuem duas características em comum: base rítmica constante e repetitiva e a utilização das músicas como expressão emocional e espiritual. Já no quesito social, o rock possui a particularidade de ter servido como espelho de mudanças e tendências na sociedade.
Outro elemento fundamental para o rock é o adolescente, que no período pós Segunda Guerra Mundial representou, nos EUA, um mercado consumidor novo e emergente. "O rock esteve vinculado à juventude desde sua origem. E esses jovens, principalmente da década de 50 e 60, perpetuaram essa cultura. É muito comum observarmos ainda hoje jovens que aprenderam o ‘jeito de ser’ do rock com os pais", destaca Cassiano.
É impossível falar sobre a história do rock sem mencionar artistas como Chuck Berry, Elvis Presley, Beatles e Rolling Stones. Desde o fim dos anos 40, o termo "rock'n'roll" era usado por Chuck em suas letras como sinônimo de dançar. Já Elvis serviu como mensageiro do rock, que o apresentou para o mundo. A contribuição dos Beatles foi revolucionar o estilo de maneira inigualável até hoje. E enquanto o grupo britânico fazia sucesso na Europa e nos EUA, os Rolling Stones serviram de contraponto à sua simpatia: seus membros foram os primeiros a subir no palco com roupas do dia-a-dia.
"Além da juventude, o rock sempre esteve associado ao posicionamento crítico aos valores vigentes instituídos pela tradição. O que mais representava essa contestação era o uso de instrumentos elétricos, que protestava contra a prática vigente da época, e o caráter performático, que reafirmava o ‘jeito de ser’", destaca Cassiano.
Texto: Pedro Spadoni
Edição e coordenação: Celiana Perina
Fotos: acervo pessoal
Última atualização: 13/07/2017