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Estudante argentino aponta resultados de intercâmbio na Unimep: aulas práticas, infraestrutura e novos contatos

por Angela Rodrigues publicado 13/07/2018 05h00, última modificação 13/07/2018 14h26

Após seis meses de estudo e participação em atividades acadêmicas desenvolvidas na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), o estudante argentino Leandro Ezequiel Herrera (foto ao lado à esquerda), 23, conta que uma das principais diferenças observadas por ele em sua área de formação, por meio do intercâmbio, foi o acesso a distintas atividades práticas nos laboratórios da universidade, que complementaram a teoria transmitida nas aulas e o auxiliaram no processo de ensino.

Ele chegou ao país em janeiro e voltará à Argentina no próximo dia 3 de julho. No período em que esteve na Unimep, ele acompanhou aulas do curso de engenharia de alimentos, além de realizar outras atividades.

Nascido no município de Totoras, Província de Santa Fé, na Argentina, Herrera cursa engenharia em tecnologias dos alimentos na Universidad del Centro Educativo Latinoamericano (Ucel). Em entrevista exclusiva à equipe do Acontece Unimep, o argentino contou sobre os principais resultados do intercâmbio para a sua formação profissional e pessoal, além de mencionar desafios e diferenças culturais entre os dois países. Confira os melhores trechos:

Acontece Unimep – Como surgiu a oportunidade de participar desse intercâmbio?
Leandro Ezequiel Herrera –
 Eu conheci estudantes da minha faculdade que fizeram intercâmbio e voltaram muito contentes, com outros pensamentos, e, então, comecei a pesquisar, fui a reuniões de relações internacionais, e postulei para fazer o intercâmbio.

Acontece – Qual foi a modalidade de intercâmbio do qual participou?
Herrera –
 Em 2016, para uma disciplina do curso, tínhamos que fazer um alimento inovador, que não estivesse no mercado, e participar de um concurso. Fizemos, eu e mais dois amigos, o iogurte de alfarroba, e ganhamos o concurso na categoria estudantes. Esse resultado ajudou para conseguir a bolsa, quando eu postulei o intercâmbio.

Acontece – É a primeira vez que você vem ao Brasil?
Herrera – 
Não, já conheço algumas cidades de Alagoas, Ceará, Rio de Janeiro e Santa Catarina, mas o Estado de São Paulo não conhecia. Em relação a outros países, conheço Uruguai, Paraguai, Chile, Brasil, Itália, França, Espanha e Suíça.

Acontece – Por que a escolha pelo Brasil?
Herrera – 
A maioria das faculdades que possuíam convênio com o meu curso estão aqui no Brasil. No ano passado abriram para Espanha, mas, o meu objetivo era aprender, e aqui na Unimep eu sabia que tinha grandes laboratórios.

Acontece – Quais foram as disciplinas que você cursou na Unimep?
Herrera – 
Operações unitárias 2, 3, 4, e, também, tecnologia de carnes e derivados.

Acontece – Quais foram os principais aprendizados adquiridos com a experiência de estudar em outro país?
Herrera – 
Pude conhecer uma modalidade diferente de avaliação, o modo diferente de ter aulas, muita prática no laboratório, estudar livros em outra língua, conhecer novos professores. Para a minha trajetória profissional, o mais importante é o que eu aprendi na faculdade, e, também, a língua. Para o aprendizado pessoal, é a experiência de morar em outro pais, conhecer outra cultura, fazer amigos, iniciativas que podem abrir muitos caminhos para o dia de amanhã.

Acontece – Quais foram os principais desafios superados nesse período?
Herrera – 
O principal foi a língua, aprender a falar melhor e conseguir entender as aulas nas primeiras semanas. Mas, sempre que não conseguia compreender algo, logo perguntava para os meus companheiros ou para o professor.

Acontece – Em relação à cultura dos dois países, o que mais chamou a sua atenção?
Herrera – 
As comidas não são diferentes, só muda um pouco os temperos e o jeito de cozinhar. Outra diferença é que aqui se janta cedo. Mas são questões culturais.

Acontece – Quais são os idiomas que você domina?
Herrera – 
Espanhol, inglês e agora português.

Acontece – Pode contar um episódio marcante em seu intercâmbio no Brasil?
Herrera – 
Chegar à república, ouvir os três meninos que moram comigo com gírias e não entender nada. Isso é o que mais lembro porque fiquei muito preocupado, mas graças a eles, depois aprendi muito na fala do dia a dia para poder me virar sozinho.

Acontece – Qual foi o local mais interessante que você conheceu no Brasil?
Herrera – 
A cidade de São Paulo tem muitos pontos culturais importantes que eu conheci, mas, o que mais chamou a atenção foi o tamanho da cidade, é muito grande.

Acontece – Quais são os seus planos para o futuro?
Herrera – 
Por agora estou pensando só em me formar. Depois, a minha ideia é trabalhar na área de lácteos.

 

Entrevista e texto: Angela Rodrigues
Fotos: acervo pessoal Leandro Ezequiel Herrera
Última atualização: 25/06/2018