Ex-aluna de licenciatura em química conquista prêmio científico
Sempre acreditei que um dia o reconhecimento viria. Foi uma grande conquista. Com essas palavras, Angélica Jaconi, 24, na ocasião ainda aluna do 8º semestre do curso de licenciatura em química, traduziu o sentimento pela conquista do prêmio Eurípedes Malavolta, obtido no 1º Simpósio Científico dos Pós-Graduandos do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Universidade São Paulo (USP), ocorrido o final do ano passado.
Única representante da Unimep a participar do simpósio, Angélica recebeu o prêmio na categoria melhor trabalho de iniciação científica (IC) na área de concentração química na agricultura e no ambiente. No projeto, que é pioneiro no município, intitulado Emprego da Radiação Infravermelho próximo na quantificação do carbono total do solo, ela determinou o teor de carbono em solos sob vegetação e cultivo em Rondônia. A premiação rendeu um troféu e um certificado pela pesquisa orientada por Carlos Cerri e que contou com a participação dos alunos da Esalq: Lilian Duarte, Leide Frazão e João Luiz Carvalho.
Voltado aos alunos de pós-graduação e àqueles que desenvolvem projetos de iniciação científica nas áreas de biologia, química e física, o simpósio reuniu 50 estudantes de instituições, como Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP), Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas e Universidade Estadual Paulista (Unesp). Na categoria de química, na qual Angélica conquistou, participaram 20 universitários.
PROJETO
O objetivo do estudo foi verificar a quantidade de carbono que o solo retira da atmosfera e absorve. Segundo Angélica, a absorção se dá por meio de microorganismos, presentes em todos os tipos de solos. Conhecer o estoque de carbono no solo é fundamental. Entretanto, para uma correta estimativa é necessário a padronização e avaliação entre métodos analíticos, salienta. Para realizar a pesquisa, a estudante selecionou 177 amostras de terra provenientes do município de Vilhena, em Rondônia, que passaram pelo sistema de espectrometria no infravermelho próximo (faixas de onda invisíveis a olho nu).
A escolha do Estado rondoniense para as pesquisas deveu-se ao fato da existência no local de um campo de pesquisa e de solos do serrado, típicos de um clima mais úmido. O resultado apontou que o processo é eficaz para a quantificação de carbono total e garante vantagens como rapidez, não utilização de reagentes e menos custo operacional.
Edição e texto: Assessoria de Imprensa Unimep
Foto: Fábio Mendes
Última atualização: 19/01/2009