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Ex-aluno de letras inglês participa do seriado Into The Badlands, produzido nos EUA

por marsanta publicado 24/01/2018 11h48, última modificação 31/01/2018 09h01
Christiano Rossim de Castro, graduado em letras inglês - tradução e interpretação pela Unimep, atuou no seriado Into the Badlands produzido e exibido, em 2017, nos Estados Unidos.

Lutar em uma sociedade feudal pós-apocalíptica foi, até o momento, uma das experiências mais marcantes da trajetória de Christiano Rossim de Castro, nas artes cênicas. Graduado em letras inglês - tradução e interpretação da Unimep, Chris Rossim fez parte de dois núcleos da 2ª temporada do seriado Into the Badlands,produzido nos Estados Unidos, e exibido em 2017 pelo canal AMC.

Rossim ingressou na produção por meio de uma agência de atores. Além desse trabalho, o unimepiano também fez parte da equipe do curta metragem Blind War, escrito e dirigido por James McAuley como parte integrante de seu trabalho na faculdade de cinema. No curta, Rossim é o psicólogo que auxilia um soldado irlandês, que sofre de estresse pós-traumático após lutar no Iraque.

Acompanhe os principais trechos da entrevista exclusiva concedida por ele ao Acontece Unimep, sobre a participação em produções internacionais e os trabalhos na área:

Acontece Unimep – Como foi a seleção para ingressar no seriado?
Chris Rossim – A participação no seriado teve como seleção as experiências dos atores e deram preferência para quem tinha algo com artes marciais no currículo. Como fiz karatê até a faixa marrom, fiquei entre os selecionados. Já a participação no curta metragem teve como seleção teste de câmera com as cenas do próprio texto.

Acontece Unimep – Quais foram os personagens que interpretou nas produções internacionais?
Rossim – No seriado Into the Badlands, eu tive dois papéis, participando de dois núcleos distintos: um como um soldado chamado de Clippers (ceifadores) e outro como parte de um grupo chamado Loyalists (que eram leais a um barão extremamente mau). Foram cenas coletivas com os outros Clippers e Loyalists. Os Clippers protegiam a casa de um dos barões, e os Loyalists eram os fiéis ao vilão. Já no curta metragem Blind War, eu fiz o papel do psicólogo que está ajudando o soldado com seus problemas de guerra. 

Acontece Unimep – A sua participação no seriado Into the Badlands foi por um período específico?
Rossim – Como Clipper, eu morri pelas mãos do Barão Quinn, que era o vilão, então foi por um período muito curto. Já como Loyalist, eu fiquei pela temporada toda,  sempre nas cenas com os capangas do vilão (barão Quinn).

Acontece Unimep – Quais foram os principais desafios desse trabalho? 
Rossim – Acredito que os principais desafios de participar de uma série como Into The Badlands é o fato de estar presente em uma produção internacional de proporções gigantescas. E, também, o fato de gravarmos muitas vezes ao relento usando roupas muitas vezes impróprias para o clima, que era muito frio. 

Acontece Unimep – Como era a rotina das gravações? 
Rossim – Acordava às 4h30 todos os dias para poder sair de casa, chegar ao estúdio ou nas locações, passar por figurino, cabelo e maquiagem e gravar até às 17h, muitas vezes até as 20h ou 21h.

Acontece Unimep – Qual foi a cena mais difícil? 
Rossim – Acredito que a cena mais desafiadora foi quando um dos atores principais, Marton Csokas (já fez Senhor dos Anéis e muitos outros filmes), rasgou a minha garganta com uma espada. Tivemos 10 minutos de ensaio para gravar e gravamos somente três vezes. É uma cena bem curta, mas foi muito gostoso contracenar e receber dicas de um nome consagrado como o Marton. 

Acontece Unimep – Foi a primeira vez que trabalhou como ator?
Rossim – Não. Aqui no Brasil trabalho como ator de teatro desde os 12 anos. Na televisão, tive oportunidade de fazer figuração em uma novela do SBT chamada Canavial de Paixões, exibida em 2003.

Acontece Unimep – Até o momento, quais foram os principais trabalhos?
Rossim – Fiz um intercâmbio para o Marietta College com a Unimep, em 2013, e lá fui convidado para participar de uma montagem da faculdade. Acabei ganhando o prêmio de melhor ator da temporada. A peça foi Pullman Car Hiawatha e foi um dos momentos mais marcantes da minha vida artística até então. Também já participei como bailarino em montagens musicais em São Paulo.

Acontece Unimep – Quais são os seus projetos na área?
Rossim – Retorno à Irlanda agora em janeiro para buscar mais trabalhos como ator. Como é muito difícil entrar nesse meio, vou tentando ao máximo participar das produções como secundário para que um dia consiga algo mais desafiador e melhor. 

 

Entrevista e texto: Angela Rodrigues
Edição e coordenação: Celiana Perina
Fotos: acervo pessoal Christiano Rossim
Última atualização: 24/01/2018