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Experiências e expectativas de participar do Ciência Sem Fronteira

por Universidade Metodista de Piracicaba — publicado 09/10/2014 09h17, última modificação 26/04/2016 15h51

Um grupo de dez alunos da Unimep, dos quais nove de distintos cursos de engenharia da Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo (Feau), partiu para descobrir novos horizontes acadêmicos, culturais e geográficos. Eles foram aprovados no programa Ciência sem Fronteiras que já realizou o sonho do intercâmbio de 33 unimepianos. Da equipe faz parte Carlos Eduardo Gonçalez, do 10º semestre de engenharia de produção, que estudará 16 meses na cidade de Regina, localizada na província de Saskatchewan, no Canadá.

Além dele, outros nove estudantes permanecerão por aproximadamente um ano e meio em países como Estados Unidos, Austrália, Alemanha, Espanha e Itália. “Quando li meu nome na lista dos aprovados, fiquei bastante emocionado e compartilhei toda minha felicidade com amigos e familiares”, conta Gonçalez.

Permanecem até 2015, em diferentes localidades dos EUA, os alunos: Luana Ribeiro Lante, do curso de engenharia de alimentos; Victor Hugo de Paula Pereira, de engenharia mecânica; Thiago Salvato Galli, de engenharia de produção e Alan Juliano de Andrade, de engenharia química. Também da graduação de engenharia química, os alunos Julliely Brenda da Silva Costa e Felipe Sturaro irão para a Austrália. Já André Moraes Abarca, que estuda engenharia mecânica, viajará para a Alemanha; Laura Oliveira Cleto da Silva, do curso de ciências biológicas, para a Espanha; e João Paulo Tavares Cantagalo, estudante de engenharia mecânica, estudará na Itália.

OPORTUNIDADES

“Conciliei a oportunidade de fazer um intercâmbio com o sonho de conhecer o Canadá. Dominar o idioma inglês me dará ótimas oportunidades no mercado de trabalho”, aponta Gonçalez, acrescentando que sentirá falta da família, namorada e amigos em sua primeira viagem internacional. João Paulo Tavares Cantagallo, 22, aluno de engenharia mecânica viverá 11 meses em Bologna, Itália, período em que frequentará aulas na Universidade de Bologna, fundada no ano de 1088 e considerada a mais antiga do mundo ocidental em atividade.

“Pretendo cursar matérias na área de bioengenharia. E se der tempo, tentarei conseguir um estágio, visto que nessa região ficam fábricas de Ferrari e Lamborghini”, conta. Ele acrescenta que a experiência terá muitos desafios. “Chegarei em um local que nunca fui, sem nenhum conhecido por perto. O sistema de avaliação italiano também é diferente, a maior parte ocorre oralmente. No lado profissional, acredito que meu currículo vai crescer muito com o intercâmbio e vou voltar ao Brasil falando outra língua, o que é um diferencial. Também é uma oportunidade excelente para conhecer outra cultura, fazer novos amigos e crescer”, detalha ele.

Para alcançar a vaga no programa, Laura Oliveira Cleto da Silva (foto acima), aluna de ciências biológicas, conta que foi necessário ter paciência. “O processo é muito lento e burocrático. Minha reação foi de muita felicidade, pois não foi fácil, tive que estudar muito”, conta ela, sobre a sua primeira experiência internacional. Laura permanecerá na Espanha, na cidade de Valência. “Minhas principais atividades serão as aulas na universidade e pretendo conseguir um estágio. Terei que cursar entre 48 a 60 créditos e não posso ser reprovada. O intercâmbio enriquecerá tanto a vida profissional quanto o meu currículo, visão do mundo, cultura e vida pessoal, com amadurecimento e independência”, afirma.

Ao saber da aprovação no programa, Victor Hugo de Paula Pereira (foto ao lado), 22, do curso de engenharia mecânica, conta que “não sabia se chorava ou gritava de alegria. Foi uma emoção sem igual”. Pereira já está em Denver, no estado do Colorado, nos EUA, onde permanecerá até julho de 2015. “Estou finalizando o curso de inglês, numa escola chamada ESL Academy. Denver é uma ótima cidade para se viver, porém com um clima muito seco. A universidade possui professores muito bem qualificados. O que me interessou bastante são as matérias automotivas, área em que desejo atuar. Pretendo voltar ao Brasil fluente na língua inglesa e com ótimas experiências profissionais, pois terei oportunidade de estagiar ou realizar uma pesquisa”, conta ele, acrescentando que além da família e dos amigos, terá saudades da culinária brasileira. Atualmente, além de cursar disciplinas relacionadas à engenharia, ele também participa de um projeto automotivo intitulado Fórmula SAE e atua como tesoureiro do ASME, uma sociedade americana de engenheiros mecânicos da faculdade .


DE VOLTA

O período que marca o início da experiência internacional para esses alunos é o mesmo que encerra a participação de outros. Entre os meses de julho e agosto, voltaram ao Brasil após concluir a participação no Ciência sem Fronteiras, um grupo de nove estudantes. Dentre eles, Gabriela Nimtz Garcia, 22, aluna de arquitetura e urbanismo, que permaneceu 13 meses na Alemanha. Ela conta que a iniciativa colaborou para o amadurecimento, já que enfrentou vários desafios. “Aprendi o gosto de comidas novas, me comunicar em outras línguas, respeitar outras culturas, e ainda lidar com a saudade de tudo o que conhecia”, ressalta a universitária.

 

Texto: Angela Rodrigues
Fotos: Fábio Mendes/banco de imagens
Coordenação/edição de texto: Celiana Perina
Última atualização: 09/10/2014

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