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Química da paixão: Unimep também é cenário para histórias de amor

por Angela Rodrigues publicado 20/06/2017 05h40, última modificação 20/06/2017 09h51
Embora seja menos poético, a paixão e o amor têm explicações científicas. Os sentimentos são resultado de processos químicos e biológicos, segundo docente da Unimep.

Estar apaixonado, para a professora da Faculdade de Ciências da Saúde, Margarete de Fátima Costa, é entender que a beleza está em tudo, é despertar feliz e entrar no perigo mais fascinante que a existência poderia ensejar. Se vale a pena se apaixonar?

Para o casal Luiz Carlos da Silva Filho e Ana Rízia vale muito. A primeira troca de olhares dos namorados, que são estudantes do 7° semestre de jornalismo,  ocorreu em 2014, ano em que ele iniciou o curso e notou que a colega de sala tinha gostos parecidos com os seus.

Depois de adicioná-la em uma rede social, eles iniciaram a amizade que resultou em namoro no dia 31 de dezembro de 2016. Segundo Ana Rízia, antes de ficarem juntos definitivamente, ocorreram muitas idas e vindas, até o momento que ela decidiu fazer intercâmbio.

Filho conta que nos meses em que Ana esteve fora, percebeu que não existia conflitos que pudessem ser maiores que a falta que sentia da rotina ao lado da amiga. “Nos meses que ela esteve ausente dei um jeito na minha vida e quando ela voltou, fui reencontrá-la. Passamos o Réveillon juntos, o que resultou em namoro”, conta Filho. O casal disse que o momento mais marcante que viveram ocorreu no início desse semestre no campus. “Foi ótimo poder, finalmente, chegar à Unimep de mãos dadas e totalmente realizados”, afirmam eles.

PAIXÃO NO BLOCO 5

Leticia Quilici e João Paulo Benatti Mattos, que cursam direito, também iniciaram a conversa por meio de rede social. “Um dia houve uma palestra e algumas pessoas da minha classe foram e ela também. Meu amigo começou fazer snaps da galera, eu a vi neles e pedi pra adicioná-la”, relembra João. O casal está na mesma sala desde o início da graduação, em 2014. Quando iniciaram o namoro, no dia 1º de maio de 2015, ambos estavam no 3° semestre do curso de direito, e apesar da rotina puxada, Letícia conta que o ponto positivo em ter o namorado por perto é ter apoio integral.

“Ele não só é meu companheiro de vida, como também de sala. Realizamos todas as atividades juntos, sempre aprendendo e ajudando um ao outro. O dia a dia na universidade é estressante, mas com a companhia do João, as coisas tornam-se mais leves”, destaca Letícia.

Depois do término do curso, os planos é conquistar estabilidade profissional, constituir família e crescer lado a lado. “Vejo a Letícia como minha companheira fiel para a vida toda, tendo sempre o nosso caminhar unido e firme para qualquer situação que enfrentarmos”, destaca ele. 

Luiz e Ana Rízia, além dos desejos da estabilidade financeira, também têm muitos planos. Entre eles, os de viajar, morar fora do país e, quem sabe, fechar a trinca com mais um jornalista na família.

QUÍMICA DO AMOR

 Embora seja menos poético, todos os sintomas que envolvem o amor têm uma explicação científica. Há até quem não consiga compreender a relação entre a ciência e o amor, mas, segundo a docente da Faculdade da Ciência da Saúde (Facis) da Unimep, Margarete, esta conexão existe e todos os que se apaixonaram a conhecem muito bem.  Margarete criou o projeto “Química do Amor” para apresentar aos alunos do ensino médio a relação entre os hormônios químicos e a biologia. 

“Os hormônios como moléculas endógenas (produzidas pelo organismo) responsáveis por comportamentos dos indivíduos podem ser considerados ferramentas fundamentais para a arte da conquista e sedução. É o químico associado ao biológico”, conta a docente.

HORMÔNIOS À FLOR DA PELE

O amor é dividido em fases. Na primeira delas, o sentimento mais forte é o desejo, quando as sensações são provocadas pelo contato visual. Neste momento, o hormônio atuante é a testosterona que aumenta o desejo sexual tanto em homens quanto em mulheres. É daí que surge o amor à primeira vista.

Falta de sono e de apetite, a respiração e o coração acelerados, as mãos trêmulas e, ainda, um frio na barriga. Estes são os sintomas de um apaixonado. Nesta segunda fase, chamada paixão, há três hormônios principais: a dopamina, que produz motivação e satisfação, de forma a deixar o indivíduo até mesmo hiperativo; a norepinefrina, que produz energia em excesso e alegria; como também a serotonina. Nesta etapa, a pessoa também se sente insegura, como se estivesse em perigo. Tanto que, a adrenalina, também se faz presente.

A terceira fase é o amor maduro, quando há o sentimento de companheirismo. Nesta etapa, o hormônio ocitocina é o que gera as sensações. Há segurança, ternura e sentimento de ligação com o parceiro. Tudo é mais calmo, existe paz e tranquilidade.

 

Texto: Andressa Santos
Edição e coordenação: Celiana Perina
Foto: acervo entrevistados
Arte: Marcus Abelha
Data: 09/06/2016