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Laboratórios, docentes e alta do setor diferenciam gastronomia

por Universidade Metodista de Piracicaba — publicado 08/05/2013 13h00, última modificação 26/04/2016 15h49

Oferecer consultoria, ser gestor do próprio negócio, atuar como barman, apresentador de programa culinário, sommelier (profissional especializado em vinhos), ser catering (trabalhar com refeições pré-preparadas para serem servidas em lugares remotos, como aviões e navios) são algumas das possibilidades de atuação para o profissional graduado em gastronomia. Só no ano passado, o setor movimentou R$ 6 bilhões no Brasil e, segundo especialistas, a perspectiva é de crescimento para os próximos anos, principalmente com os eventos mundiais a serem sediados no país, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Na Unimep, o curso de gastronomia da Faculdade de Gestão e Negócios (FGN) é oferecido desde 1999 e na última avaliação do Ministério da Educação (MEC), obteve o conceito 4 em uma escala que vai de um a cinco.“Estamos inseridos em uma região de turismo e, além disso, envolvidos com tradições folclóricas que motivam festas e a produção de nossos pratos famosos, como cuscuz, peixe e derivados do milho. Isso faz com que exista muito turismo para essa área e, assim, a gastronomia se prolifera”, conta a docente e coordenadora do curso de gastronomia da instituição, Miriam Coelho de Souza (foto acima).

Graduação – Com viés em gestão de negócios, o curso de gastronomia da Unimep é dividido em quatro semestres e conta com um corpo docente estruturado com mestres (44%), doutores (23%) e especialistas (33%), com experiência na área no Brasil e no exterior, além de atuação em restaurantes da região e produção de livros no setor. “Optei por gastronomia não apenas porque a graduação oferece um suporte prático, mas também por instruir o aluno sobre administração e gestão de negócios. O curso da Unimep não só atende minhas expectativas, como ultrapassa todas elas. Os professores são muito bem preparados, vivem a teoria e nos mostram o que acontece no dia a dia”, conta o estudante do 3º semestre do curso, Geovani Henrique Bortolozzo, 19. “Alcancei tudo o que esperei nesta graduação. É muito importante ter um equilíbrio entre teoria e prática. E isso a instituição me oferece”, destaca a aluna do 3° semestre, Marcella Paraluppe, 19.

Atualmente, um novo currículo é desenvolvido para o curso com a finalidade de valorizar a gastronomia local. Neste sentido, serão implantadas disciplinas que foquem no vinho e na combinação de alimentos com destilados e cachaças artesanais. “Nem no mercado de trabalho encontramos uma cozinha tão bem equipada e organizada como as disponíveis para nosso curso. O suporte de nossos laboratórios é incomparável”, afirma o universitário do 3° semestre, Conrado Zoega, 21, que fez estágio em 2012 e, atualmente, é funcionário em um restaurante em Piracicaba.

Laboratórios – Três laboratórios são utilizados pelos graduandos: a cozinha experimental e a pedagógica e o laboratório de hospitalidade. Ambientes equipados com tecnologia de ponta, como o sistema cook-chill que permite o cozimento e resfriamento rápido de alimentos, método utilizado para reduzir os riscos de contaminação. A cozinha é dividida em dez praças para que os estudantes tenham o próprio espaço de trabalho sem atrapalhar os colegas. Em caráter experimental, frequentemente são promovidos eventos gastronômicos na universidade, abertos à comunidade interna e externa. Na ocasião, os próprios alunos, com o auxílio dos professores e técnicos de laboratório, preparam os alimentos que serão servidos. O último, organizado em abril, foi um almoço árabe para 50 convidados.

Desafio – De acordo com Miriam, a gastronomia é uma profissão nova e de muita demanda, no entanto, ainda não foi devidamente reconhecida. “Nosso desafio atual é formar uma classe social que tenha sindicato e valores reconhecidos em termos trabalhistas, da mesma forma que é reconhecido na área de artes e prazeres”, afirma. Segundo a docente, a faixa salarial de um gastrólogo varia de R$ 1.200, para iniciantes, a R$ 15 mil, para especialistas em grandes capitais. Matheus Salmazzi Massoni, 20, graduou-se em gastronomia pela Unimep em 2012. Após, participou de programas na TV Mix, TV Gazeta e TV Beira Rio para reproduzir receitas do livro “Bem Comer Bem Viver” (Lilian Baggio). Atualmente, ministra aulas nos cursos de culinária no Espaço Gourmet da Rede Tiradentes de Supermercados e, há quatro anos, trabalha na preparação de bolos e doces para festas. “Escolhi a Unimep porque observei a grade curricular do curso e percebi que ela não deixaria nada a desejar em minha formação. Tudo o que aprendi foi fundamental”, conta Massoni. Como diferencial, o estudante cita a oportunidade de vivenciar a organização de eventos gourmet realizado dentro da própria universidade, bem como a participação em concursos culinários. Em 2012, Massoni foi vencedor do Concurso de Crepes promovido pela barraca francesa das Festas das Nações de Piracicaba, em parceria com a graduação.

Entenda a diferença – Todo profissional graduado em gastronomia é um gastrólogo. Diferentemente disso, chefe de cozinha é um cargo e deve ser conquistado ao longo da carreira. Já o gastrônomo é todo aquele que se sente atraído pela arte culinária e se dedica a ela de alguma forma, sem a necessidade de cursar ensino superior.

Confira mais imagens de alunos e professores entrevistados no link: http://on.fb.me/11ESajs


Texto: Larissa Molina
Fotos: Fábio Mendes
Edição de texto: Angela Rodrigues
Última atualização: 08/05/2013

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