Mestre aos 25 anos, unimepiano de química fala sobre educação
Os alunos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), localizada em Uberaba, MG, que têm contato com Thiago Henrique Barnabé Corrêa, pela primeira vez, pensam tratar-se de mais um colega do curso. No entanto, aos 25 anos, ele atua como docente efetivo da instituição. Um mês depois de ter concluído o mestrado em educação na Unimep, em 2013, Thiago Barnabé prestou o concurso público do Instituto de Ciências Exatas, Naturais e Educação da UFTM e foi aprovado em 1º lugar.
Graduado em química licenciatura em 2009 e mestre em educação desde 2013, Corrêa também cursou especialização em ciência e tecnologia na Universidade Federal do ABC e, atualmente, é doutorando em química na Unicamp. Em entrevista ao Acontece Unimep, ele fala sobre a trajetória e dá dicas aos estudantes. Confira:
Acontece Unimep - Por que escolheu atuar na área de química-licenciatura?
Thiago Henrique Barnabé Corrêa - Porque sou encantado com o potencial explicativo da química. E, segundo, porque sou ainda mais encantado pelo ensinar. Costumo falar para os meus alunos: ensino, porque acredito no que ensino; acredito no meu ensino; ensino, porque me ensino a ensinar.
Acontece Unimep - Até o momento, qual foi o principal desafio profissional?
Corrêa - Certamente a pouca idade que tinha quando passei no concurso público. Fui desafiado a conquistar o respeito dos alunos e dos pares.
Acontece Unimep - Como está o mercado de trabalho nesta área atualmente?
Corrêa - O mercado de trabalho para o professor existe. Mas, o que o mercado de trabalho realmente precisa é de bons professores.
Acontece Unimep - Cite três condições fundamentais para o docente em química no início da profissão?
Corrêa - Dominar o conteúdo químico; ser comprometido com a investigação contínua de sua prática e, compreender que ensinar química vai muito além de cálculos e memorização de fórmulas e reações. Em outras palavras, ensinar química é apresentar ao aluno uma diferente visão de mundo. Considero que um bom professor de química não visa, simplesmente, a interação de elétrons, mas a interação professor, aluno e conhecimento químico.
Acontece Unimep - Relate um fato marcante da sua carreira.
Corrêa - Evidencio dois fatos: ter criado, em 2014, a primeira rede colaborativa de pesquisa em educação química da América Latina, com a participação de pesquisadores de 21 universidades. E o segundo fato foi ter sido convidado pela Universidad Pedagógica y Tecnológica de Colombia (UPTC), em Tunja, para fazer parte do quadro de professores colaboradores, ministrar um curso aos alunos de química e proferir palestra sobre o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) aos docentes da universidade colombiana.
Acontece Unimep - Por que escolheu a Unimep?
Corrêa - Escolhi estudar na Unimep depois de visita promovida pela escola, ainda no ensino médio. Confesso que fiquei maravilhado com a estrutura e a atmosfera da universidade. Posso dizer que estudar na Unimep foi uma das escolhas certas para a minha formação.
Texto: Angela Rodrigues
Fotos: acervo pessoal
Coordenação/edição de texto: Celiana Perina
Última atualização: 15/05/2015