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Oficinas realizadas em parceria pela Unimep, Casa do Hip Hop e Sesc aproximam comunidade do universo das produções audiovisuais

por Angela Rodrigues publicado 01/08/2022 05h00, última modificação 09/09/2022 18h05

Conhecer mais profundamente o trabalho nos bastidores de produções audiovisuais, aumentar o conhecimento técnico sobre os equipamentos, aprimorar a produção autoral nas diferentes etapas de produção de vídeos, construir as próprias narrativas e dar voz à comunidade.

Esses foram alguns dos principais resultados alcançados pelos participantes do projeto realizado em parceria pela Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), Casa do Hip Hop de Piracicaba e Sesc Piracicaba.

A parceria consistiu na realização e oferecimento de 12 oficinas sobre temas distintos ligados ao universo do audiovisual.

As aulas ocorreram no primeiro semestre desse ano e reuniram cerca de 15 alunos da comunidade e profissionais já ligados a projetos distintos da Casa do Hip Hop. As oficinas foram ministradas por profissionais atuantes no segmento em Piracicaba e região.

PARCERIA – A ideia de oferecer as oficinas nasceu há três anos, com Rober Caprecci, coordenador do Laboratório de Comunicação (LabCom) da universidade e da TV Unimep. Ele conheceu a Casa do Hip Hop em 2015, e no ano seguinte ofereceu a primeira oficina no espaço.

Em 2019, ele teve a ideia de montar uma produtora na Casa e apresentou o projeto ao presidente da Casa, Ubirajara Cristiano de Barros Sabino, o Bira. “A ideia inicial era ter uma produtora na Casa do Hip Hop para que a comunidade produzisse vídeos e conteúdos sobre as atividades realizadas no local. Além de projetos sobre as iniciativas da Casa, o cotidiano ou desenvolver trabalhos diversos”, conta Rober. Mas, veio a pandemia que adiou os planos.

Ao longo de 2021, Rober colocou a ideia no papel em conjunto com o Ubirajara, formalizou o projeto e juntos, apresentaram a iniciativa ao Sesc Piracicaba, que também ingressou na ação. Para que as oficinas pudessem contar com espaços, equipamentos e mais infraestrutura, a iniciativa foi então compartilhada à Reitoria da Unimep e à Diretoria de Extensão e Cultura da universidade. Dessa forma, ocorreram as 12 oficinas realizadas na Unimep, na Casa do Hip Hop e Sesc Piracicaba.

Ubirajara Sabino, presidente da Casa do Hip Hop, destaca que foram diversas as contribuições do projeto para a Casa e também para a comunidade. “Primeiro, vem a questão do conhecimento. A iniciativa é uma oportunidade de conhecimento e acredito que a ideia de oferecer oficinas é essencial para que esses jovens construam seus olhares sobre  as experiências que estão vivendo. As aulas em espaços distintos, como no Sesc e nos laboratórios da Unimep, também podem despertar a vontade de trabalhar profissionalmente na área de comunicação. Além disso, os alunos também vão poder construir as narrativas com o olhar dos jovens negros da periferia e dar voz à comunidade”, aponta ele.

TEMAS – Todas as oficinas tiveram temas ligados ao audiovisual e ocorreram ao longo do 1º semestre do ano, sempre aos sábados. As aulas reuniram entre 10 a 15 alunos, com participantes de todas as idades a partir de 16 anos.

Dentre os temas contemplados nas oficinas estiveram: Narrativa Imagética; A Representação do Outro no Audiovisual; Operacionalidade de Equipamentos de Áudio e Vídeo; Educomunicação e Espaços de Participação Popular; Argumento, Storyline e Roteiro; Direção de Fotografia e Operação de Câmera; O Celular como Ferramenta para Produção Audiovisual; Produção de Documentários; Produção de Podcast.

As aulas foram ministradas por Rober Caprecci, Lucas Fractal, Lucas Pereira, Bruna Ephifanio, Claudia Assêncio, Leonardo Carlim, Andressa da Cruz Caprecci e Beto Oliveira. 

ALUNOS – Uma das alunas do projeto foi Sabrina Alessandra Rodrigues Semedo, 36, dentista. Ela, que já organiza e coordena dois projetos ligados à Casa do Hip Hop (Coletivo Beleza Preta e Agro Black), foi convidada a participar pelo presidente da Casa do Hip Hop. “Me interessei em participar porque os projetos quais eu já participo envolvem audiovisual e achei bem importante. Pude conhecer e acompanhar mais profundamente o trabalho e saber como funcionam os bastidores das produções. Dentre as oficinas que mais gostei estão a sobre vídeos, a oficina de fotografia e a dos documentários. “Eu já produzia alguns vídeos e as oficinas me ajudaram mais nesse trabalho, principalmente na hora de editar”, afirma ela.

Já Lucas Antônio Valentim Mateus, 25, que é publicitário e trabalha como social media, soube do projeto por meio das mídias sociais. Ele conta que sempre teve interesse em aprofundar conhecimentos nessa área e participou de todas as aulas. “Sempre tive desejo de aprofundar mais o conhecimento sobre as produções audiovisuais, queria entender mais a infraestrutura. Foram muitas as contribuições: pude conhecer melhor e manusear corretamente os equipamentos, aprender sobre a montagem de câmeras, conhecer melhor toda essa parte mais técnica. Isso também me ajudou profissionalmente. Gostei muito”, afirma ele.

 

 

 

 

Texto: Angela Rodrigues/Assessoria de Comunicação e Marketing Unimep
Fotos: Rober Caprecci
Última atualização: 28/07/2022