Pesquisa resgata histórias da escravidão em Piracicaba
Buscar vestígios sobre a vida e a cultura dos homens e mulheres escravizados em Piracicaba e região, entre os anos de 1820 a 1850. Esse é o objetivo principal do estudo “(R)existência das Áfricas em Piracicaba – 1820-1850”, desenvolvido no âmbito do Programa de Iniciação Científica da Unimep - Universidade Metodista de Piracicaba.
Orientada pelo professor do curso de história da universidade, Rafael Gonzaga de Macedo e realizada pela aluna Cinthia Simões de Souza, a pesquisa revela características da escravidão na cidade. Mostra, por exemplo, a forma como as mulheres eram duplamente dominadas, de um lado pelo sistema escravocrata e, de outro, pelos próprios maridos.
Segundo o pesquisador Rafael Gonzaga, o estudo também busca colaborar com a sociedade. “Esperamos compreender não apenas o que já aconteceu e está “morto”, mas lançar luz sobre a nossa sociedade no presente, pois muito do que já acontecia há 200 anos, como a violência contra a mulher, ainda é realidade cotidiana de muitos brasileiros”, afirma.
A pesquisa está em desenvolvimento desde agosto de 2017 e deve ser concluída até julho.
FONTES - As fontes utilizadas pela aluna e pelo docente para o desenvolvimento dessa pesquisa são documentos produzidos durante o próprio período estudado. O material está preservado e pode ser consultado no acervo do Poder Judiciário, localizado no Espaço Memória Piracicaba, no Centro Cultural Martha Watts. Além disso, eles também acessaram e analisaram Atas disponíveis no acervo da Câmara de Vereadores de Piracicaba.
Texto: Gabriela Melo
Edição: Angela Rodrigues
Fotos: acervo Unimep
Última atualização: 27/04/2018