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Ruy Ohtake lota auditório no campus Santa Bárbara d´Oeste

por Universidade Metodista de Piracicaba — publicado 31/03/2011 07h00, última modificação 26/04/2016 15h47

Mais de 200 pessoas, entre alunos do curso de arquitetura e urbanismo da Unimep,   ex-alunos e profissionais da área lotaram o Auditório Grená do campus Santa Bárbara d´Oeste da Unimep, nesta quinta-feira, 31, para acompanhar a palestra de Ruy Ohtake. Renomado arquiteto paulistano, Ohtake é autor de projetos arquitetônicos de destaque no país e no exterior. O paulistano Ohtake nasceu em 1938, filho primogênito da artista plástica Tomie Ohtake e do agrônomo Alberto Ohtake. Em 1960, se formou pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Ohtake é reconhecido nacional e internacionalmente pelos seus projetos. Foi vencedor de diversos concursos de arquitetura, além de receber importantes prêmios e ter projetos de renome internacional.

Pela primeira vez na Unimep, ele ministrou aula magna intitulada “A Arquitetura de Ruy Ohtake”. Na abertura do evento, ele afirmou estar entusiasmado e orgulhoso por participar da aula magna. Em seguida, apresentou sua experiência e projetos. O evento foi promovido pela coordenação do curso de arquitetura e urbanismo da Unimep e pelo centro acadêmico da graduação. Confira os melhores trechos da entrevista:


Acontece Unimep – As preocupações urbanas e sociais estão presentes nos seus projetos. Nesse sentido, quais são os elementos que considera importantes para idealizá-los? 

Ruy Ohtake – Uma coisa que considero muito importante e que procuro colocar fortemente nos meus projetos é a solidariedade. Acho que é um ingrediente muito importante e para o qual, felizmente, o povo brasileiro está aberto. Principalmente, as camadas mais simples. Por exemplo: quando fiz o projeto Cores, em Heliópolis, cada morador escolheu uma cor. Finalizei tudo, dando uma unidade ao conjunto. Essa unidade representa a solidariedade, é uma mistura de cores para mostrar a solidariedade. 

Acontece Unimep – O senhor é filho de uma artista plástica. Qual foi a influência que isso exerceu na escolha pela arquitetura? 

Ohtake – Minha mãe nunca me forçou a fazer arquitetura. Mas sem dúvida alguma, foi o ambiente de casa que influiu, porque ela sempre teve o atelier junto da casa. Então, entrava e saía vendo os quadros, os pintores, e as discussões sobre arte. Acredito que tudo isso proporcionou um clima que me induziu a fazer arquitetura. 

Acontece Unimep – Na sua opinião, como está o mercado de trabalho para o recém-formado em arquitetura e urbanismo? 

Ohtake – O mercado tem altos e baixos. O Brasil, sem dúvida alguma, está num desenvolvimento muito grande. E isso faz com que um número maior de pessoas procure a sua casa própria ou o seu apartamento próprio. Isso tem aberto um campo muito grande  aos arquitetos. O importante é fazer com que essas pessoas trilhem para um caminho mais brasileiro de arquitetura.


Acontece Unimep – Quais as três características que considera fundamentais para ser um bom profissional? 

Ohtake – Primeiro, ter curiosidade em tudo. Segundo, ser arrojado e em terceiro, acreditar no Brasil. Acho que a gente não pode usar isolar a arte e a arquitetura do país.

 

Texto: Angela Rodrigues
Edição/jornalista responsável: Celiana Perina
Fotos: Fábio Mendes
Última atualização:  31/04/2011

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