Saiba como ganhar uma camiseta da grife Sou Unimep
O universitário Antonio Carlos Picalho (foto ao lado), 18, que cursa o 3º semestre de rádio, TV e internet, foi um dos primeiros a participar da promoção Sou Unimep, iniciativa gratuita que distribuirá camisetas da grife Sou Unimep aos primeiros 500 inscritos. Da promoção, podem participar alunos de graduação e pós-graduação, além de ex-alunos sem vínculo empregatício com a instituição.
Para ganhar, o participante deve produzir uma imagem em frente do painel Sou Unimep, localizado em pontos distintos dos 4 campi, e enquadrar o título. Em seguida, deve publicar a imagem, em status público, em uma das redes sociais: Facebook, Twitter ou Instagram. Após a inscrição, a imagem e os dados serão conferidos e o aluno receberá um e-mail do local para retirar a camiseta.
O regulamento e outras informações estão disponíveis no endereço: www.unimep.br/souunimep A rapidez e a facilidade para participar da campanha, possíveis pelas novas tendências digitais e plataformas, contaram para que Picalho se inscrevesse na promoção. A adesão ocorreu por meio do Facebook, uma das redes sociais que ele mais utiliza.
Além de querer a camiseta, achei a ideia bastante criativa, conta. Picalho reconhece ser bastante dependente das novas mídias. Acesso minhas redes a todo o momento. Se não estou no celular, estou no Face e no Twitter, checo meus e-mails. Preciso estar conectado, é uma necessidade, afirma. Além dessas ferramentas, o estudante também administra um blog, um site, abre contas sempre que surge uma nova rede social e utiliza dois celulares.
O universitário integra um grupo cada vez maior no Brasil, o das 78 milhões de pessoas que acessam a internet. Desse total, 87% possuem contas ativas em mídias sociais: 30,9 milhões uti-lizam o Facebook; 29 milhões, o Orkut e 14,2 milhões, o Twitter (microblog). Os dados são do Ibope Nilson Online e da Agência Marketing Digital I Think. Conectada, mas não tão dependente da internet, está Stefane Cristina Oliveira Souza, 23, aluna do 3º semestre de fisioterapia. Usuária do Facebook e Orkut, ela considera fundamental apenas o e-mail profissional. A aluna destaca a rapidez com as informações são gerenciadas.
Considero o e-mail indispensável. Mas, com a mesma rapidez com que envio as mensagens, espero o retorno, pois quero resolver tudo rápido. Sobre os outros meios de comunicação, acho que teria dificuldades em ficar longe do celular, exemplifica.
Já Carolline Beraldo Pachano, 19, aluna do 5º semestre de jornalismo, confessa também ser apaixonada pela internet, mas se diz favorável à utilização cuidadosa. Acho um absurdo as pessoas colocarem informações muito pessoais, ou fotos impróprias, porque as redes podem ser fontes de consulta de possíveis chefes ou empregadores, aponta.
NOVAS TECNOLOGIAS
De acordo com o diretor da Faculdade de Comunicação da Unimep, Belarmino César Guimarães da Costa (foto), as novas formas de comunicação estão associadas ao contexto de globalismo, de transnacionalização da cultura e também com a capacidade e tecnologia que permitem ruptura de lugar e tempo.
Vivemos numa sociedade onde parte das interações humanas se dá por meio de tecnologias. É um ambiente sócio-técnico para ser pensado em múltiplas vertentes: há possibilidades de transversalidades culturais, de acesso a conteúdos e de informações como visitas virtuais a museus. Mas também, migram-se para essas plataformas, situações limites de barbárie e desumanização, como o bullying virtual, afirma.
Para a psicóloga clínica Marlene Brandão é inegável que o avanço tecnológico, com a incrível velocidade das comunicações, trouxe inúmeras facilidades, porém, para ser saudável psiquicamente o ser humano necessita do relacionamento olho no olho, da presença física, do toque do abraço. Paradoxalmente, as pessoas nunca estiveram tão próximas umas das outras e tão distantes emocionalmente, destaca Marlene.
Para o professor do curso de filosofia da Unimep, Márcio Mariguela, as novas ferramentas de comunicação revolucionam as formas de interpretação da realidade. Como essas ferramentas fazem parte do processo de produção de mercadorias, estão marcadas pelos mesmos fenômenos de alienação e utilização ideológicas. Há um recrudescimento do narcisismo primário: uma demanda incessante de amor. Não basta ser feliz, é preciso mostrar que se é feliz. No Facebook, todos são felizes, aventureiros e deslocados; tristeza e melancolia pertencem a um mundo dos depressivos, destaca o docente.
Entrevista e texto: Angela Rodrigues
Fotos: Fábio Mendes
Coordenação/jornalista responsável: Celiana Perina
Última atualização: 09/04/2012