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Saiba como o coronavirus pode afetar a sua vida e como proteger-se

por Angela Rodrigues publicado 02/02/2020 03h00, última modificação 20/03/2020 11h18


É importante conhecermos formas de prevenção em relação ao coronavírus e entender o que é o vírus. Em entrevista, a 
professora Maria Cristina Pauli da Rocha, coordenadora do curso de enfermagem da Unimep, destaca que a doença causada pelo novo coronavírus (este que leva o nome de SARS-CoV-2) foi denominada, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de Covid-2019 e causa infecções respiratórias. O vírus tem esse nome porque seu formato assemelha-se a uma coroa.

Em entrevista exclusiva ao Acontece Unimep, a coordenadora detalhou sobre distintos temas relacionados à doença. Acompanhe abaixo:

Formas de proteção

Para diminuir a possibilidade de contaminar-se com o vírus, é possível tomar algumas medidas, como: cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; utilizar lenço descartável para higiene nasal; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos de uso pessoal; limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado; lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool; evitar deslocamentos se estiver doente; evitar circulação em mercados de animais e seus produtos e, quando for viajar aos locais com circulação do vírus, evitar contato com pessoas doentes e animais (vivos ou mortos).

Sintomas

“Os sintomas são variados e parecidos com os de uma gripe, associado a tosse seca, febre, dor de garganta e coriza, além de dificuldade para respirar. Os sintomas podem agravar-se principalmente em pessoas com mais de 60 anos de idade e as que têm doença pulmonar crônica, diabetes, transplantados e pacientes oncológicos.  Crianças, adolescentes e adultos mais jovens estão na faixa etária com menos riscos”, aponta Maria Cristina.

Transmissão

A transmissão, segundo a professora, ocorre pelo contato com o vírus transportado por meio de gotículas expelidas pela fala, tosse ou espirro de pessoas doentes. “A infecção acontece quando estas gotículas entram em contato com a mucosa dos olhos, nariz e boca. Essas gotículas podem estar presentes no ar ou em superfícies contaminadas como rosto, mãos, objetos, maçanetas, celulares e outras. Portanto, em qualquer lugar a pessoa pode acabar adquirindo a doença. Lugares fechados, com aglomeração de pessoas, são mais propensos a disseminação do vírus, portanto requerem medidas preventivas. É importante lembrar que pacientes sem os sintomas também podem transmitir a doença. Portanto estes cuidados devem ser seguidos sempre por todos.

Quem não deve ir ao hospital?

Segundo Maria Cristina, não é recomendado que pessoas com sintomas leves procurem uma unidade de saúde devido a possibilidade de serem contaminados.  “A maioria dos casos de coronavírus apresentarão sintomas considerados leves que devem desaparecer em torno de 5 a 7 dias e que podem ser tratados em casa. De acordo com a OMS, esses casos representam 80% dos contágios. Portanto, o ideal é buscar o diagnóstico somente se houver febre alta e persistente, cansaço e dificuldade respiratória”, afirma a coordenadora.

Quando procurar auxílio médico?

“Se a pessoa viajou ao exterior e apresenta febre acima de 38°C e mais um sintoma, como dor muscular pelo corpo, dor de garganta, tosse seca persistente ou falta de ar, deve procurar uma unidade de saúde para que sejam feitos os exames para fins de diagnóstico. Além disso, se a pessoa apresentar pelo menos um dos sinais acima e teve contato com alguém que é suspeito ou tem caso confirmado de coronavírus, também deve procurar ajuda médica”, destaca a professora.

 

 

Texto: Serjey Martins
Fotos:
acervo pessoal profa Maria Cristina Rocha
Última atualização: 16/03/2020