Unimep lança campanha de conscientização Apague o Desperdício
Economizar água e luz já é uma prática diária dos brasileiros, face à crise hídrica e ao aumento das tarifas de energia. No entanto, em meio a tanta informação, quais atitudes realmente valem na hora de decidir pela economia? Para saber mais sobre quais ações podem fazer a diferença nas despesas domésticas e institucionais, a equipe de reportagem do Acontece Unimep entrevistou o professor e coordenador dos cursos de engenharia elétrica e de controle e automação da Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo (Feau) da universidade, Roberto de Souza Júnior.
Além de esclarecer dúvidas em geral, a publicação é a primeira de uma série especial sobre a campanha Apague o Desperdício, promovida pelo Departamento de Administração dos campi e com apoio da Reitoria. Nesta série composta por outras três entrevistas, professores e pesquisadores falarão sobre o tema, dentro de suas áreas de atuação e pesquisa.
A campanha tem como proposta incentivar a prática de iniciativas de consumo consciente de preservação da água e economizar energia não apenas nas dependências da universidade, mas em outros ambientes sociais.
MITO X VERDADE
Desconectar os cabos de equipamentos eletrônicos pode reduzir os gastos com energia; eletrodomésticos que possuem a função stand-by consomem menos ou, ainda, quais são os tipos de lâmpadas mais econômicos? De acordo com o professor, para a primeira questão, depende do aparelho ou eletrodoméstico.
Por exemplo, manter um liquidificador ou uma máquina de lavar conectados a uma tomada não gera gasto de energia. Já um micro-ondas, um aparelho de TV a cabo e tudo o que fica em stand by consome energia, mas é muito pouco se considerarmos uma residência. Ou seja, a influência destes equipamentos na conta é desprezível. É difícil dimensionar pois os equipamentos são muito variados, mas se você deixar uma lâmpada de 40 Watts ligada uma noite inteira é bem provável que ela consuma mais que todos os equipamentos que ficam em stand by, afirma ele.
Por falar em lâmpadas, saber qual tipo e modelo utilizar é outra dica na hora de fazer as contas. Souza Júnior indica que a solução é substituir as lâmpadas incandescentes ou fluorescentes por lâmpadas de LED (Light Emitting Diode), que representam uma economia de 60% a 80%, se comparados os modelos.
FUTURO
O docente afirma que o Brasil pode, sim, enfrentar novamente o racionamento de energia. A probabilidade de que isto ocorra é alta, como também é alta a probabilidade de apagões. Não há muito o que ser feito em termos residenciais, a maior preocupação será com as indústrias que terão de estabelecer novos padrões de funcionamento. Estamos num ponto em que mesmo que chova o normal durante o restante do período de chuvas, o déficit de água nos reservatórios não será zerado. Ou seja, teremos problemas com a energia elétrica. As usinas térmicas estão em pleno funcionamento para que possamos economizar o máximo dos recursos hídricos", destaca.
DICAS
Saiba outras dicas citadas pelo professor para reduzir o consumo de água e energia:
Quando for comprar eletrodomésticos, observe o selo do Procel e dê preferência aos que consomem menos energia (letra A).
Reduza o tempo do banho e utilize a chave seletora na posição verão.
Passe as roupas todas de uma só vez, já que passar em vários momentos desperdiça energia no aquecimento do aparelho.
Na hora de lavar as roupas, lave em grande quantidade, pois com máquina cheia ou vazia o gasto energético é praticamente o mesmo.
Apague as luzes de cômodos que não estiverem sendo utilizados.
Abra a geladeira somente o tempo necessário.
Mantenha fechados os ambientes onde há ar-condicionado.
Seja rápido ao dar descarga; sanitários que têm caixa acoplada gastam de 8 a 10 litros de água enquanto as de válvula consomem de 10 a 15 litros sempre que acionadas.
Texto: Angela Rodrigues
Fotos: Bob Calligaris
Coordenação/edição de texto: Celiana Perina
Última atualização: 25/02/2015