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Unimepiano de jornalismo conta a história do Salão Internacional de Humor de Piracicaba em obra inédita

por Angela Rodrigues publicado 02/06/2022 05h00, última modificação 06/06/2022 15h35

 

Com o livro “Quase um Cinquentão: Salão Internacional de Humor de Piracicaba”, o jornalista Rafael Bitencourt (foto ao lado), 40, conta a trajetória de um dos eventos pioneiros e mais importantes do humor gráfico no interior paulista. A obra de sua autoria, lançada em abril desse ano, está disponível gratuitamente e pode ser baixada no link: https://bit.ly/3NHNJfL

A obra é a 1ª produção literária solo lançada por ele. Ele já participou como co-autor de outras publicações, como o livro sobre os 100 anos do XV de Piracicaba, lançado em em 2013, em parceria com a Unimep. Ele conta que a iniciativa de lançar o livro sobre a história do Salão se tornou realidade por meio do edital da Lei Aldir Blanc em 2021. Naquele ano, Rafael inscreveu o projeto do livro e teve o projeto aprovado pela comissão julgadora.

No entanto, a aproximação com o humor gráfico e com o Salão Internacional de Humor é de longa data na trajetória profissional do jornalista. “Abordo isso no livro e menciono a ocasião em que eu, ainda um aluno de graduação, fui convidado pelo prof. Camilo Riani a entrevistar o cartunista Fernando Gonsales, autor da tira Níquel Náusea, em sua residência, em SP. Esse, para mim, foi um verdadeiro ritual de passagem. Além disso, em 2010, recebi das mãos dos irmãos Zélio e Ziraldo um prêmio pela cobertura do Salão, motivo de muito orgulho para mim”, conta ele.

A aproximação continuou ao longo da profissão. “Passei por diferentes veículos de comunicação e sempre tive a oportunidade de cobrir o Salão. Em 2011, fui convidado pela organização para atuar na comunicação do evento, função que, com muito orgulho, desempenhei em diferentes edições e que me permitiu estreitar laços com artistas e gestores do evento. Assim, ao longo dos anos, fui realizando várias entrevistas, colhendo muito material e fazendo várias fotografias. Um material que eu considerava rico e, somado à coleta de mais algum material complementar e uma devida sistematização, caberia muito bem num livro”, conta.

PRODUÇÃO VELOZ – Apesar do vasto material e das muitas históricas e vivências reunidas, ele teve apenas 4 meses para preparar e concluir o projeto. “Ao longo dos anos, fui realizando várias entrevistas, colhendo muito material e fazendo fotografias que, somados à coleta de novo material complementar e à sistematização dessas informações, deu origem ao livro. O processo final ocorreu entre os meses de janeiro e abril de 2022. Os projetos contemplados pela Lei Aldir Blanc tiveram prazo de 120 dias para sua conclusão, então, foi uma correria! Mas deu tempo e fiquei muito feliz com o resultado” detalha Rafael.

O principal público-alvo da obra é o piracicabano. “Especialmente aqueles que não conhecem ou conhecem pouco a importância que o Salão Internacional de Humor representa para o setor de humor gráfico em todo o mundo e sua extrema relevância como um evento cuja história é marcada pela luta contra a ditadura no Brasil, contra os regimes totalitários em todo o mundo e em prol da democracia. É a voz dos artistas, que precisa ser ouvida”, afirma.

Mas o autor também deseja alcançar pessoas em todo o mundo, “artistas ou não, que tenham identificação com o Salão, com a linguagem do humor gráfico e com a arte de forma geral”.

LUTA PELA DEMOCRACIA – Além de apaixonado pela trajetória do Salão Internacional de Humor, somam-se aos objetivos de Rafael ressaltar a importância do Salão na luta pela democracia, contra regimes opressores e totalitários, da liberdade dos artistas e a grande relevância que o evento tem como forma de conscientizar as pessoas por meio da linguagem do humor. “Acredito que o humor é a forma mais sofisticada de crítica e espero que o Salão permaneça em pé por muitos mais anos e, até por isso, abordo as expectativas de artistas e organizadores para o futuro do evento”, afirma ele

Nesse sentido, algumas das principais fontes de pesquisa foram entrevistas realizadas com artistas, fundadores e gestores. “Também realizei pesquisas em livros sobre a temática e em veículos de mídia que abordaram o evento. Minha visão interna, de alguém que vivenciou diferentes edições do Salão – como repórter cobrindo o evento e como alguém que trabalhou na organização – também foi muito importante”, acrescenta.

MUITAS HISTÓRIAS – 50 anos de vida reúnem muitas histórias e experiências emocionantes. Uma das que mais marcou Rafael na trajetória do Salão foi a saga da esposa de um artista russo que esteve em Piracicaba numa das edições do evento. “Ela queria muito nadar nas águas do Rio Piracicaba, apesar da preocupação da organização do evento, por conta das fortes corredeiras e da questão sanitária. Como termina a história? No livro você pode conferir!”, conta o autor.

Já dentre os principais desafios, o tempo curto foi o maior. “A saída foi me organizar para realizar o trabalho, definindo os momentos em que me dedicaria ao livro, que, definitivamente, não foram poucos. Sou muito organizado e focado quando tenho um projeto grande a cumprir e isso me ajudou muito. Minha companheira, Claudia, que é uma excelente jornalista (também formada pela Unimep), me ajudou muito nesse processo”, detalha Rafael.

 

ANOTE - Livro-reportagem “Quase um Cinquentão: Salão Internacional de Humor de Piracicaba”, de Rafael Bitencourt. Disponível para download gratuito no site: https://salaointernacionaldehumor.com.br ou diretamente pelo link: https://salaointernacionaldehumor.com.br/wp-content/uploads/2022/04/QUASE-UM-CINQUENTAO.pdf

 

 

Entrevista e texto: Angela Rodrigues / Assessoria de Comunicação Unimep
Fotos: capa: Glenn Carstens-Peters/Unplash e interna: Claudia Assêncio (acervo pessoal Rafael Bitencourt)
Última atualização: 31.05.2022