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Unimepiano faz reflexões sobre educação no Brasil

por Universidade Metodista de Piracicaba — publicado 26/01/2011 14h29, última modificação 26/04/2016 15h46

Nascido na cidade de Cambine, localizada na Província de Inhambane, em Moçambique, Jamisse Uilson Taimo, que fez doutorado em educação na Unimep, tem muitas histórias para contar, principalmente relacionadas à educação. Desde que chegou ao Brasil, em 1977, para graduar-se em teologia na Universidade Metodista de São Paulo, curso o qual emendou com o mestrado em educação da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, ele está à frente de projetos educacionais que visam aprofundar as relações internacionais entre o Brasil e o seu país. Taimo foi aluno do doutorado em educação da Unimep.

Hoje é membro da cooperação Unimep – Moçambique, uma parceria entre a universidade, por meio da Assessoria para Assuntos Internacionais, e instituições moçambicanas. Nela são promovidas ações pontuais na área educacional dos dois países, como intercâmbio e visitas de alunos e docentes. Na sua primeira estadia no país, Taimo também atuou por dois anos como docente da Unimep, lecionando teologia e cultura. Em 1985, retornou a Moçambique, mas manteve o contato com o Brasil por meio de viagens anuais. 

De 1996 a 2006, assumiu o cargo de reitor do Instituto Superior de Relações Internacionais, localizado na capital moçambicana Maputo, que prepara diplomatas e profissionais para a área de administração pública. Confira os melhores trechos, da entrevista que o educador concedeu ao Acontece Unimep.

Acontece – Como a Unimep contribuiu nos seus planos no campo da educação?
Taimo – Precisava aliar a minha experiência de trabalho ao longo de 20 e tantos anos após meu regresso ao Brasil e ao trabalho que poderia ser útil em Moçambique. A Unimep tinha professores referências nessa área, que poderiam me auxiliar na atualização idealizada para o ensino superior moçambicano. Assim, comecei a fazer o doutorado em educação, concluído em fevereiro de 2010. Foi um projeto na área de políticas de educação com enfoque específico no ensino superior.


Acontece – Como foi a sua adaptação no Brasil?
Taimo – Foi uma descoberta mútua, em vários campos, e a primeira foi relacionada à alimentação. A minha primeira refeição no Brasil foi uma pizza. Cheguei cansado de uma longa viagem e meus anfitriões me ofereceram pizza. Comi e não gostei, mas hoje é um dos meus pratos preferidos. Outro fato é que as pessoas me olham e dizem que pareço albino, mas também pareço negro e perguntam se sou branco ou negro e se sou africano mesmo. Ficam espantados. Outro fato cômico, aconteceu logo depois que cheguei. Lá, as pessoas diziam: viado, cobra, burro e tal. Estranhei e voltei para perguntar o que era aquilo, porque procurava aqueles animais e nunca os via. Foi quando me contaram que era o jogo do bicho (risos).

 

Texto e entrevista: Angela Rodrigues
Edição: Celina Perina
Fotos: Fábio Mendes
Última atualização: 26/01/2011

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