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Universitário escreve dissertação de mestrado durante intercâmbio na Alemanha

por Angela Rodrigues publicado 25/05/2016 05h00, última modificação 30/05/2016 08h45

A bagagem cultural e intelectual que Matheus Franco Soares, aluno do 10º semestre de engenharia mecânica da Unimep, trouxe consigo da Alemanha é resumida pelo estudante como “incrível”. No entanto, além das experiências, estudos e projetos de pesquisa desenvolvidos, e do amadurecimento ao aprender a lidar sozinho com os problemas, ele também conquistou resultados válidos para a graduação. Ao longo do intercâmbio sanduíche, por meio do qual permaneceu um ano na Alemanha, especificamente na TU Darmstadt (TUD), Soares escreveu dissertação de mestrado que na Unimep será válida como trabalho de conclusão da graduação.

O projeto teve como tema Implementação de um Centro de Usinagem de 5 Eixos em um Ambiente de Fábrica Digital e Desenvolvimento da Optimização de um Processo de Usinagem, mas não equivale à dissertação de mestrado no Brasil pelo fato de os sistemas de graduação e pós-graduação serem distintos nos dois países.

“Na maioria nas universidades alemãs como na TU Darmstadt, há primeiro o bacharelado e em seguida o mestrado, com média de cinco a seis anos para conclusão das duas formações, assim, os estudantes já se formam mestres. Então pensei: Como já estava no 5º ano da universidade no Brasil e havia cursado algumas disciplinas de mestrado, porque não escrevo a dissertação aqui? O trabalho, seja de bacharelado ou mestrado, é feito dentro de algum instituto de pesquisa da universidade junto com um doutorando. O estudante auxilia o doutorando em seu trabalho, e vice-versa, e o projeto traz benefícios para os dois”, conta o universitário.

Fábrica Digital

Escrita no idioma alemão, a dissertação de Matheus Soares apresenta a simulação digital de uma máquina ferramenta construída por ele no ambiente virtual. “A gente constrói uma máquina em ambiente virtual e faz a execução na simulação. Nessa simulação você consegue fazer diversos testes e, se houver colisão, você pode detectar se não vai danificar a sua máquina. Isso resulta na melhoria da produção e na otimização de processos. A fábrica digital é uma tecnologia com a qual poucas pessoas trabalham no país, por enquanto, mas que desenvolvemos aqui no Laboratório SCPM”, afirma ele.

A dissertação foi defendida por ele em fevereiro e reuniu o professor Klaus Schützer, coordenador do Laboratório de Sistemas Computacionais para Projeto e Manufatura (SCPM), o professor Sebastian Güth, avaliador, e Timo Scherer, orientador. Matheus Soares foi aprovado com a nota 2,0, que segundo ele equivale a 80% da nota no Brasil.
 

Texto: Angela Rodrigues
Fotos: acervo pessoal
Edição e Coordenação: Celiana Perina
Última atualização: 17/05/2016