Unimepiano de farmácia faz abertura da 14ª Semana Acadêmica de São Paulo
A multiplicação das atividades farmacêuticas, das quais o balcão de drogarias é a mais vistosa para o público, tem no consultório e na clínica um grande potencial de prática profissional. Cada vez mais informados pelo “dr. Google”, pacientes vão às farmácias em busca de esclarecimentos e orientações para suas dores ou indisposições físicas e é ai que se abre um horizonte de oportunidades para o trabalho de prescrição farmacêutica.
“Todas as profissões da saúde vendem serviços. Os farmacêuticos são associados à venda de produtos, de remédios mas podemos vender também nossos serviços de bom atendimento com consulta e indicação de medicamentos autorizados”, falou professor Walber Toma, mestre em Biologia Funcional e Molecular e ex-aluno do curso de farmácia da Unimep, e que abriu a 14ª Semana Acadêmica de Farmácia da Universidade Metodista de São Paulo.
Toma abordou o tema da Prescrição Farmacêutica, prevista em várias resoluções e que em julho de 2017 passou a ser contemplada pela CNAE 8650-0/99, ou seja, reconhecida como atividade passível de tributação. A Classificação Nacional de Atividades Econômicas é uma padronização, em todo o território nacional, dos códigos de atividades econômicas e dos critérios de enquadramento do governo para efeito de impostos. Antes dela, resoluções como a 546 (de dispensação de fitoterápicos), 499 (de injetáveis) e 586/2013 (do Conselho Federal de Farmácia) já regulavam a prescrição de medicamentos pelo farmacêutico.
“Tudo parte de uma boa anamnese, com uma detalhada conversa com o paciente sobre seus sintomas, avaliação e observação clínica de seu quadro. A população não está acostumada a pagar o farmacêutico por esse serviço nem os proprietários de redes de drogarias têm consciência sobre como podemos agregar valor ao seu estabelecimento e à nossa profissão”, discorreu Walber, ao exemplificar que a consulta seguida de prescrição fideliza clientes e aumenta o giro econômico do estabelecimento.
Especializações
Como um bacharel em Odontologia precisa especializar-se caso abrace a área da ortodontia, o farmacêutico clínico também necessita de pós-graduar-se em conhecimentos como fosiologia, patologia e fármacos, entre outros, para entender a origem do problema do paciente.
“Não adianta só tratar sintomas com remédios”, expôs o docente da Unisanta, que citou episódio em que uma senhora de 58 anos procurou a farmácia com dores de cabeça e nas costas, dor gástrica, cansaço físico e mental, além de edemas nos membros inferiores. Foi tratada com analgésico e omeprazol e, alguns dias depois, estava em um hospital colocando quatro pontes de safena e um marca-passo. Ou seja, o problema era seriamente cardiológico.
Texto: Maria Luisa Marcoccia/Universidade Metodista de São Paulo
Coordenação: Celiana Perina
Fotos: Banco de imagens
Última atualização: 31.10.2017