Culto de Gratidão pelos 43 anos da Unimep e Comemoração ao Dia do Professor e do Funcionário do IEP
Palavra Pastoral - Capela do campus Taquaral - 10/10/2018 - 11h
Cumprimentos.
Leitura Bíblica: Salmo 90,1-6, 8-10, 12-15, 17 “Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos coração sábio” ou “ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria"
Reflexão: Ao trazer esse texto para esse momento de gratidão pelos 43 anos de reconhecimento da Unimep e também gratidão pelos professores (as) e funcionários (as), convido-as (os) a abrir o coração para receber essa palavra como um presente.
Essa oração é de Moisés, e ele está em profunda reflexão, diante da transitoriedade do homem e a eternidade de Deus. Ele, diante das possibilidades da vida, remete-se aos cuidados de Deus, aquele que é para ele o refúgio de geração a geração. (v.1)
A esse Deus ele faz declarações... poeticamente vai discorrendo a soberania de Deus e o quanto é pequeno...como os dias se passam como um breve pensamento.
Tudo passa e mui rapidamente...
E é na descoberta de que cada segundo, cada hora e dia da vida são horas que passam e não voltam, que ele pede, que ele pede, como um aluno querendo sugar todo conteúdo da disciplina, como alguém que quer aprender, quer acertar, não quer ficar pensando nos erros, quer conquistar o prêmio...ensina-me Senhor...diz ele.
Ensina-nos Senhor...digamos nós.
Ensina-nos a contar os dias... pois precisamos alcançar a sabedoria.
1. Precisamos de sabedoria para aceitar as limitações do corpo, mas também para viver de modo a diminuir seu enfraquecimento, com um estilo de vida saudável e cuidadoso. Conhecendo nosso corpo, capacitamo-nos para prolongar a nossa vida, na quantidade de anos e na qualidade das vivências, o que inclui cuidado na alimentação e sabedoria nas decisões.
2. Precisamos de sabedoria para aceitar que a vida é, ao mesmo tempo, passageira e definitiva. Passageira porque é curta. Definitiva porque é a nossa vida. Saber que a vida é passageira nos estimula à humildade. Saber que a vida é definitiva nos impõe o compromisso da ação. Precisamos de sabedoria para viver o presente, porque muitos continuam presos ao passado e outros estão escravos da ansiedade, que é o medo diante do que pode acontecer. O presente, podemos dizer, "passa rapidamente, e nós voamos" (v. 10). Precisamos de sabedoria para contar o tempo ao modo de Deus, que não absolutiza o passado, mas o valoriza; não absolutiza o presente, mas o dinamiza; não absolutiza o futuro, mas o realiza. (tornar absoluto, pleno, completo, único)
3. Precisamos de sabedoria para aceitar que a vida tem leis próprias. É assim, por exemplo, que devemos ler o verso 15: "Dá-nos alegria pelo tempo que nos afligiste, pelos anos em que tanto sofremos". Deus permite que os nossos atos tenham consequências sobre as nossas vidas e as vidas dos outros. Deus permite que os atos dos outros tenham consequências sobre as suas vidas e as nossas. Consequências boas e ruins.
Faz parte da natureza desta graça permitir que, na maioria das vezes, elas funcionem livremente, para que a nossa liberdade seja plena. Se Deus interrompesse as consequências dos nossos atos livres a toda hora, nós não seríamos realmente livres. Só há liberdade de ações onde há responsabilização destas mesmas ações.
E por fim, o salmista invoca uma bênção.
“Esteja sobre nós a graça do nosso Deus Soberano" (v 17a) e consolide as nossas ações a obra de nossas mãos; sim confirme a obra de nossas mãos!" (v 17b).
Que Deus na sua infinita misericórdia e graça, ensine-nos a alcançar a sabedoria, alcança, um coração sábio.
Revda. Márcia Célia Pereira