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Paz e Contentamento

por Angela Rodrigues publicado 22/11/2017 05h00, última modificação 22/11/2018 14h58

Nos dias atuais, somos uma geração insatisfeita, que nunca se esforçou tanto para ter tudo, indo ao final da noite para a cama, na maioria das vezes, preocupada se não temos ou somos tudo o que é suficiente. Estamos constantemente perguntando "Por quê?" Estamos constantemente medindo. Não importa se você é solteiro, se é casado, rico, pobre, velho, jovem, na faculdade ou fora da faculdade. Todo coração humano luta com isso, constantemente, sem cessar. Estamos sempre olhando em volta para ver como estamos à altura de todos ao nosso redor e, geralmente, nos concentrando em todas as maneiras pelas quais ficamos aquém das expectativas.

Diante deste cenário de crise existencial, acredito que a nossa luta para saber se somos suficientes, remonta principalmente ao quanto confiamos em Deus. Nós não estamos lutando por causa das especificidades de nossas circunstâncias, tanto quanto estamos lutando pelos nossos próprios interesses, não confiamos em Deus para nos dar o que precisamos, para nos mostrar onde devemos ir e o que devemos fazer. É por isso que, o descontentamento e a insatisfação surgem, em nossas vidas de todas as maneiras que possam nos perturbar e gerar mais e mais preocupações.

Enfrentamos tantos problemas que, no fundo, lutamos para acreditar que Deus nos levará ao que é melhor para nós. É a nossa voz interna que sussurra que nunca seremos suficientes, por isso trabalhamos, nos preocupamos e sentimos que temos de fazer algo grande, algo enorme para provar o nosso valor e garantir que a nossa vida é importante. Temos que organizar uma conferência, iniciar um movimento, adotar 15 crianças ou combater o tráfico de pessoas para realmente nos sentirmos importantes. 

É claro que estas iniciativas são todas grandes coisas, mas, pensar assim pode nos fazer perder de vista as pequenas coisas que também podem mudar uma vida: trazer o jantar para um vizinho doente, sorrir para uma pessoa que está tendo um dia ruim, ler para os filhos antes de dormir e, simplesmente, orando por alguém passando por um momento difícil. Como pequenas coisas contam, como elas precisam ser exercitadas também, nos dando significado e dignificando nossas vidas.

Analise o seu dia a dia, verifique seu cotidiano, e, se você for como eu, pode passar algum tempo olhando em volta para o que todo mundo tem ou está fazendo, ou todas as formas em que as pessoas podem parecer melhor. Nós medimos, medimos nossos interiores pelo lado de fora de outras pessoas, e isso nunca é uma avaliação justa. Nós não sabemos o que eles estão passando, como eles foram feridos, ou as dificuldades que enfrentam. Nós vemos suas mídias sociais melhor e assumimos que todos estão ganhando na vida, prosperam e evoluem em todas as áreas. 

Deus quer que tenhamos paz e contentamento que não exijam que coloquemos muros de proteção e passemos a vida com medo de sermos vulneráveis ​​e reais à medida que paramos de tentar, compulsivamente, medir a largura e a profundidade de nossas vidas. Ele será nossa proteção, será a parede de fogo ao nosso redor, a glória em nosso meio e nos sussurra que nossas vidas, não importa quão pequenas elas nos pareçam, são suficientes porque Ele é o suficiente.

Tenhamos uma excelente semana, acolhendo as bênçãos do Senhor para nós e nossas famílias, em nome de Jesus.

Reverendo Luiz Rodrigues Barbosa Neto - Pastoral Universitária.